A história da evolução das FinOps (um acrónimo do inglês ‘FINancial OPerations’ – ‘operações financeiras’), está intimamente ligada à ascensão da computação em nuvem. À medida que as empresas começaram a migrar para este conceito de cloud computing, rapidamente perceberam que a gestão de custos na nuvem era muito diferente da gestão de custos num ambiente de TI tradicional. Senão, vejamos: num ambiente de TI tradicional, os custos são geralmente fixos e previsíveis. As empresas compram hardware e software, que são depreciados ao longo do tempo. No entanto, na nuvem, os custos são variáveis e podem mudar rapidamente, o que pode tornar a gestão de custos um verdadeiro desafio – «ou um verdadeiro pesadelo», disse à businessIT Bernardo Sousa, consultor financeiro e analista tecnológico. Além disso, a nuvem permite que as empresas escalem rapidamente, o que pode levar a um aumento nos custos se não for gerida da forma mais correcta e eficiente. «As empresas também descobriram que a nuvem pode ser complexa, com uma variedade de serviços e opções de preços para escolher».
Foi neste contexto que surgiram as FinOps, uma abordagem operacional para a gestão de custos de infra-estrutura de nuvem que, por definição, visa trazer agilidade financeira para as organizações que utilizam serviços cloud. «A ideia é levar para a gestão de custos a mesma agilidade que a nuvem traz para as TI», explica o consultor.
As FinOps começaram como uma prática ‘ad hoc’ em muitas organizações, com equipas de finanças e TI a trabalharem juntas para entenderem e gerirem os custos da nuvem. «No entanto, à medida que a cloud se tornou mais prevalente, a necessidade de uma abordagem mais formalizada e estruturada para a gestão de custos tornou-se evidente», lembra Bernardo Sousa.
Exactamente o que são FinOps?
Mais que tecnologia, é uma combinação de sistemas, melhores práticas e cultura que visa aumentar a transparência dos custos de nuvem e tornar cada unidade de negócio responsável pelos seus gastos. Nos vários sites de players que pesquisámos, parece consensual que esta prática envolve três fases principais.
A primeira é ‘informar’, uma fase que envolve a criação de visibilidade e compreensão dos custos de nuvem. Isso é feito através da utilização de ferramentas de monitorização e relatórios para rastrear o uso e os gastos em cloud. O objectivo é garantir que todos na organização entendam até que ponto os seus comportamentos e decisões afectam os custos na nuvem.
