O Centro de Inovação de Portalegre, resultado de uma parceria com o Instituto Politécnico de Portalegre e com o município desta cidade, abriu portas em Maio de 2020 e agora tem uma nova “casa”, que irá permitir um «crescimento sustentado» da equipa. José Manuel Paraíso (na foto), country general manager da Kyndryl Portugal, explica que o centro tem tido um «crescimento bastante significativo e interessante»: começou com uma «equipa de quatro colaboradores» e, actualmente, conta com «quase duas dezenas de profissionais altamente qualificados em áreas tecnológicas, como informática, electrotecnia e telecomunicações». O responsável salienta que este é um número que «vai continuar a aumentar à medida que vão surgindo novos projectos e clientes».
O novo centro da Kyntech diferencia-se por ter colaboradores especializados nas áreas de automação e cibersegurança, que «prestam serviços transversais a muitos dos clientes da Kyndryl na área da banca e retalho, em Portugal e Espanha» e um centro de competências ligado ao IoT e às cidades inteligentes.
Apoiar o interior e contribuir para o ambiente
José Manuel Paraíso explica que a aposta em Portalegre resulta da política da empresa que aposta na descentralização e na aproximação de instituições de ensino: «Pretendemos ser um agente de referência na definição das estratégias regionais. O nosso objectivo é contribuir para o desenvolvimento destas regiões do País, através da criação de postos de trabalho para jovens qualificados. Este projecto resulta das parcerias com os municípios e com as instituições de ensino superior/profissional e tem como objectivo atrair e fixar jovens recém-formados em cidades tendencialmente menos desenvolvidas».
Além disso, a Kyndryl quer contribui para colocar Portalegre no «mapa das cidades inteligentes, através da disponibilização de plataformas e equipamentos capazes de tornar a cidade mais sustentável e inteligente». É este o caso do projecto inicial que consiste num sistema de luminárias inteligentes, que permite gerir a iluminação pública de Portalegre. O balanço feito pela Kyndryl e pelo município é positivo: houve uma redução estimada de cerca de 79% no consumo energético em cerca de um ano e meio de funcionamento. O sistema permitiu ainda uma poupança na ordem de meio milhão de euros e de uma redução da pegada ecológica estimada em mais de setecentas toneladas de emissões de CO2.
Além da iluminação pública, está prevista a instalação de um sistema de mobilidade urbana e de outros sistemas na área da eficiência energética/sustentabilidade ambiental, como a «gestão da distribuição e do consumo da água, o controlo e automação de sistemas de regas, entre outros», sublinha a empresa.
