A Decskill revelou que vai continuar o seu processo de internacionalização, mas sem esquecer Portugal. A empresa, que conta já com escritórios em Madrid, quer expandir-se para a Alemanha, Áustria, Suíça e América Latina. Luís Fernandes, managing partner e fundador da Decskill, explica que a estratégia também passa por «abrir escritórios nessas áreas, se assim cada mercado o ditar». O responsável salienta que a empresa já conta «com projectos na Suíça, na América do Sul» e que também já há planos para avançar para «outras geografias como EUA, França e Reino Unido».
Luís Fernandes refere que o mercado nacional continua a ser aposta da tecnológica e que, além da presença em Lisboa e Porto, a empresa «acabou de chegar a Bragança». Mas a empresa não vai ficar por aqui: «Ainda no primeiro trimestre de 2023 prevemos abrir em Vila Real. A estratégia é a dois anos e tem como base o crescimento de seis centros de excelência em Portugal, com desenvolvimento e suporte para o mundo».
Luís Fernandes diz que «a selecção de futuras localizações da Decskill passa sempre por uma estratégia de descentralização e proximidade com o talento», nomeadamente junto de universidades/politécnicos nacionais e internacionais.
A média de crescimento registado pela Decskill ao longo dos anos tem sido de «40%»; contudo, pela aposta na criação dos centros, a empresa prevê «um crescimento entre os 50-60% para 2023». Já ao nível das áreas de negócio, a empresa divide-se em Talent (dedicado a serviços de outsourcing), Boost (centrada em serviços de TI e centros de excelência); e Connect (direccionada para consultoria, implementação e gestão de infraestruturas de TI). A primeira, que «foi a génese da Decskill», continua a ser uma área «muito relevante da operação», diz o managing partner. No entanto, o «desenvolvimento do negócio e as competências internas acabaram por conduzir a uma oferta coesa e estruturada» das outras duas áreas, nas quais se destacam «os centros de competência Low Code, DevOps e IA».
Talento para crescer
Para assegurar os seus objectivos, a empresa quer contratar seiscentos consultores «até ao final de 2024» com diversos perfis, entre os quais, developers, DevOps, data engineers, data sciencists, system administrators, project managers, business analysts, scrum masters e security engineers, entre outros. A equipa de quinhentos colaboradores vai, assim, mais que duplicar e o fundador da empresa destaca a estratégia da Decskill, «centrada em dois segmentos: os jovens e seniores», para atingir esse objectivo e atrair talento: «Para os jovens, criámos um eixo na nossa academia que lhes possibilita a aquisição de experiência on job; para os profissionais no activo, é-lhes garantida uma gestão de talento exemplar, de modo a não perdermos o nosso nível de atracção e retenção. Depois, ainda proporcionamos uma formação ReSkill, que os ajuda a abraçar as novas tecnologias e práticas mais procuradas no mercado».
Segundo Luís Fernandes, a «maioria das novas posições é para modelos híbridos e full remote»; a tecnológica tem «um modelo flexível de trabalho», de modo a permitir uma «gestão mais eficaz entre a vida pessoal e a laboral». O responsável acrescenta, ainda, que as pessoas são o «maior activo» da Decskill e que, por isso, este será o «maior foco de investimento» da empresa nos próximos anos.