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IA quântica: a revolução da inteligência artificial

A ‘computação quântica’ tem-se assumido como uma expressão da moda na indústria da tecnologia há anos, mas as suas potenciais aplicações vão muito além da solução de problemas matemáticos complexos. Em tempos de ChatGPT e Bard, surge a IA quântica, com os especialistas a acreditar que estamos perante uma grande mudança no campo da inteligência artificial.

Casos de uso
A capacidade de computação quântica pode, assim, ajudar à evolução em várias áreas, de uma forma que não é possível hoje – por exemplo, para encontrar o melhor material que consiga fazer a captura de CO2 ou novos fertilizantes mais eficazes, que não prejudiquem a Natureza, garantindo que a produção de alimentos assegura as necessidades alimentares humanas. «A IBM tem sido pioneira na computação quântica e já tem projectos em curso. Por exemplo, em parceria com a IBM Quantum, a Mercedes-Benz está a explorar a computação quântica para criar o futuro dos veículos eléctricos e a ExxonMobil vai usar algoritmos quânticos para enfrentar as complexidades do transporte do combustível de queima mais limpa do mundo», revela Cristina Lobo Matias.[Text Wrapping Break]Actualmente, com base na experiência da ‘big blue’, muitas empresas estão a aplicar a inteligência artificial para melhorarem processos, criarem novos negócios, proporcionarem novas experiências de consumidor e dos seus colaboradores, entre outros casos. Em relação a Portugal, a consultora diz que já existem «muitas áreas a explorar estas temáticas», mas assume que não há inteligência artificial «sem uma boa arquitectura, qualidade e governo de dados». Neste momento, Cristina Lobo Matias diz que há «vários estágios de maturidade, entre diferentes indústrias e até mesmo dentro dos próprios departamentos das empresas».

Status quo da IA
As empresas que têm investido em inteligência artificial são as que estão ligadas a temas ambientais e energéticos, transportes, áreas financeiras, saúde, telecomunicações e, em geral, a todas as áreas que tenham uma relação directa com clientes, que tendem a usar a IA para melhor a experiência de utilizador. Em resumo, hoje já se usa a inteligência artificial de forma generalizada e já se tira proveito do potencial da IA. Há ainda lugar para explorar mais e um caminho a percorrer, que os especialistas definem como um caminho natural, relacionado com a maturidade e a própria evolução do entendimento do que se quer e pode fazer com a IA.