Empreendedorismo

MicroHarvest recebe investimento de 8,5 milhões de euros e vai abrir fábrica em Portugal

O financiamento vai permitir à startup sediada em Hamburgo crescer a «equipa de investigação e desenvolvimento, construir uma fábrica piloto em Lisboa e acelerar a produção para uma escala comercial».

Os co-fundadores da MicroHarvest (Christian O. Bruch / LAIF)

A MicroHarvest, startup de biotecnologia que tem como foco o desenvolvimento de proteínas mais saudáveis e mais saborosas produzidas de forma sustentável, anunciou que recebeu um investimento no valor de 8,5 milhões de euros.

A ronda de financiamento série A foi liderada pela Astanor Ventures e pela Happiness Capital e contou com a participação da sociedade de capital de risco portuguesa Faber e do investidor actual FoodLabs.

O financiamento vai permitir à startup sediada em Hamburgo crescer a «equipa de investigação e desenvolvimento, construir uma fábrica piloto em Lisboa e acelerar a produção para uma escala comercial».

O objectivo da MicroHarvest e ter um produto no mercado em 2023 e Portugal faz parte da estratégia da startup para atingir esse fim. A empresa escolheu o País para instalar a unidade de produção pela «quantidade elevada de talento existente na área da biotecnologia, sejam jovens licenciados, sejam profissionais experientes que regressam a Portugal», como é o caso da co-fundadora e CTO da MicroHarvest, Luísa Cruz.

A tecnologia da MicroHarvest permite a produção de proteínas unicelulares utilizando bactérias a «uma velocidade e eficiência que excedem largamente as abordagens existentes» e que vai possibilitar diversas aplicações «desde a alimentação animal até à alimentação humana e dos animais de estimação».

Katelijne Bekers, co-fundadora e CEO da startup salienta os planos da empresa: «Estamos empenhados em criar um mundo onde todos tenham acesso a alimentos nutritivos através de um sistema justo e resiliente».A responsável salienta ainda que a tecnológica e os investidores «partilham uma forte visão de melhorar os sistemas alimentares, utilizando o poder da natureza» e de «produzir impacto à escala global, trazendo o mais rápido sistema de produção de proteínas para a comercialização».