O estudo da Mulesoft mostra que as principais prioridades de negócio das empresas para o próximo ano são melhorar a eficiência operacional (54%), criar experiências de cliente mais conectadas (50%), aumentar a produtividade (49%), mais agilidade para se adaptarem melhor às mudanças do mercado (48%) e serem organizações mais data-drive (45%). Para que tudo isto aconteça, as empresas estão a apostar na automação segundo o barómetro criado em parceria com a Coleman Parkes Research e que ouviu 2400 líderes de TI e de negócio de diversos países em todo o mundo.
A maioria das empresas estão a implementar ou em processo de implementação de automatismos para melhorar a eficiência (93%) e a produtividade (95%) mas esbarram numa barreira: a segurança. De acordo com o IT and Business Alignment Barometer, 70% das iniciativas de automação estão a ser travadas por questões de segurança, mas também pela falta de competências em processos de negócios, tecnológicas e de integração e a existência de silos de dados.
No estudo, as organizações reconhecem a necessidade de capacitar utilizadores não técnicos para diminuir a falta de talento de TI existente no mercado, mas a segurança está a impedir a grande maioria de o fazer e 87% das empresas admite que este aspecto está a impedir, pelo menos em algum grau, a capacitação de novos utilizadores, por exemplo, para integrar fontes de dados.
Inovação também em perigo
«A segurança e o governance, juntamente com dados distribuídos em várias aplicações e plataformas, continuam a ser um desafio para as iniciativas de automação e impedem a inovação», diz a Mulesoft. A maioria dos líderes de TI e de negócios (87%) afirma que as preocupações com segurança e governance estão a diminuir o ritmo de inovação; particularmente as empresas de ciências da vida e saúde (89%) em que a inovação e o time-to-maket são críticos para o negócio.
Por outro lado, 73% dos inquiridos destaca que a integração de vários sistemas díspares aumentou as suas preocupações em relação a esses dois factores; com 31% a dizer que houve um aumento significativo nas preocupações.
Brent Hayward, CEO da MuleSoft, salienta que isto poderá ser um problema para as organizações já que «a chave para o sucesso das empresas passará obrigatoriamente pela forma como as equipas de TI e de negócios impulsionam as iniciativas de automação e capacitam as equipas para conectarem dados e aplicações de forma segura e sem atrito».
O relatório mostra ainda que quase nove em cada dez (87%) das organizações que responderam dizem que o alinhamento entre as equipas de TI e de negócios melhorou nos últimos doze meses, levando a uma série de benefícios, incluindo uma melhor colaboração (64%), eficiência operacional (58%) e melhor experiência do cliente (54%). O responsável esclarece que «o alinhamento entre equipas de TI e de negócios não é apenas um nice to have, mas essencial para satisfazer a urgência dos imperativos digitais de hoje» e «será fundamental para o futuro das organizações».