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Portugal é o país mais ciberseguro da Europa

De acordo com o European Cybersecurity Index da ESET, Portugal lidera na área da cibersegurança e os cidadãos nacionais são menos vítimas de ataques cibernéticos do que outros europeus. A Roménia é o país com o pior resultado na avaliação feita pela empresa eslovaca.

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A ESET criou um índice de 0 a 10, que se baseia em diversos factores, para analisar 24 países da Europa: o objectivo foi o de tentar perceber os que têm melhor e pior cibersegurança. Esta inciiativa tem em conta a exposição de cada região a potenciais ataques; o compromisso com a cibersegurança; a legislação em cibersegurança e o número de residentes que foram vítimas de vários tipos de ciberataques nos últimos três anos de acordo com o barómetro ‘Europeans’ attitudes towards cyber security’ da União Europeia.

Portugal é o país com o melhor resultado (8,21) e é considerado pela ESET como o ‘mais ciberseguro da Europa’, seguido da Lituânia (7,99) e da Eslováquia (7,21). Para o resultado nacional contribuíram os seguintes parâmetros: 42 pontos de risco de exposição de acordo com o Exposure Index 2018 da Rapid 7, em que um número mais baixo no ranking indica um maior risco de exposição; 0,758 de compromisso com a cibersegurança em que a pontuação máxima é 1; 11% de vítimas de software maclicioso nos dispositivos; 3% de contas de e-mail ou redes sociais hackeadas; 2% de vítimas de fraude bancária ou de usurpação de cartão bancário; 1% de vítimas de roubo de identidade e 5 no número de legislações respeitantes à cibersegurança.

Segundo a ESET, o «número muito reduzido de pessoas vítimas de ataques aliado à legislação em cinco categorias (estratégia nacional, conteúdo, privacidade, infraestruturas críticas e comércio), valeu a Portugal o título de melhor país europeu em cibersegurança».

Roménia, Áustria e França nos últimos lugares
O Roménia é o menos ciberseguro dos analisados (3,27) e isso deve-se ao número de ataques sofridos pelos cidadãos do país do Leste, o fraco compromisso com a cibersegurança e o facto de só ter duas legislações sobre cibersegurança. Surpreendentemente, Áustria e França ocupam os lugares imediatamente seguintes; no primeiro caso o grande responsável pelo fraco desempenho no European Cybersecurity Index é o número de ataques sofridospelos austríacos: 40% de vítimas de software malicioso nos dispositivos nos últimos três anos, o mais alto dos países analisados.

Jake Moore, especialista em cibersegurança da ESET, explica que «é importante que os países estejam cientes das acções tomadas em toda a Europa e aprendam uns com os outros sempre que possível» já que para chegar a «uma estratégia verdadeiramente holística de cibersegurança é necessário um amplo conhecimento sobre potenciais abordagens, incluindo saber quais funcionam melhor e em que cenários».