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Índice de Conectividade Global de 2020 da Huawei revela necessidade de aumento da produtividade com base na transformação digital

Artigo de Mike Bai, Strategy Marketing, Western Europe, Huawei Technologies.

A pandemia da COVID-19 tem um profundo impacto na economia global e revelou a necessidade de enveredar pela digitalização, na sequência de o desenvolvimento económico ter sido altamente afetado em todo o mundo. Setores inteiros, como é o caso do setor dos serviços, encerraram numa série de países e a fragilidade das cadeias de fornecimento a nível mundial veio a notabilizar-se. A pandemia também veio demonstrar a necessidade de os setores enveredarem pela digitalização, tanto os setores públicos como os privados, para ajustarem os modelos de negócio, de modo a lidarem com o surto e a conterem os seus efeitos negativos.

Tornou-se claro o facto de a conectividade ser a chave para a recuperação económica e social. O Comissário Europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, salientou este facto em julho de 2020 no seu discurso na Feira de Hannover: “Esta crise mostrou como as infraestruturas de conectividade são decisivas para apoiar a economia digital europeia e a sua recuperação.”

Contudo, nem todas as economias têm sido capazes de implementar esta transformação ao mesmo ritmo. No que diz respeito ao seu Índice de Conectividade Global (GCI) anual, a Huawei, desde 2015, tem feito o rastreamento do progresso de 79 economias na implementação de infraestruturas digitais e recursos capacitadores, olhando para quatro tecnologias centrais designadas “categorias facilitadoras” (banda larga, nuvem, IoT e IA), e medindo-as com base em 40 indicadores GCI.

Os investimentos em TIC contribuem para a competitividade económica e para a recuperação da pandemia.
Em relação à publicação de 2020, o relatório focou três grupos de países do GCI – Iniciantes (Starter), Adotantes (Adopter) e Líderes (Frontrunner) – para os distinguir entre os diferentes níveis de conectividade. Os resultados mostram que as economias com as pontuações mais altas no GCI estão melhor preparadas a nível digital, graças a infraestruturas maduras, como é o caso de recursos capacitadores como a banda larga de alta velocidade e a nuvem, que vieram a suavizar o impacto da pandemia. O relatório também mostra que há uma relação forte entre a pontuação do GCI e o PIB.

  • Os investimentos nas infraestruturas das TIC estão correlacionados com o forte PIB per capita, indicando que as tecnologias digitais aceleram o desenvolvimento de fatores avançados para aumentar a competitividade económica e a recuperação dos efeitos negativos da pandemia.
  • Investir em TIC ajuda as indústrias a digitalizarem e permite que as economias aumentem o seu grau de produtividade.
  • A maturidade das TIC leva a transformação digital em direção a ganhos em termos de eficiência em relação a sete parâmetros principais: tarefas, funções, sistemas, organizações, agilidade, ecossistemas e resiliência.

Os Iniciantes estão a fechar o fosso face aos líderes digitais.
Uma análise aprofundada dos dados do relatório revela que os países Iniciantes estão a fechar o fosso face às economias de liderança – graças às melhorias implementadas em termos de cobertura de banda larga e viabilidade económica. Nos últimos cinco anos, os Iniciantes mostraram um fator de aumento de 2,5 a nível da sua adoção de banda larga móvel, com vários países a ter quase 100% de cobertura. Nos países Líderes, há uma forte investida para manter as despesas com as TI, e as organizações, tanto nos países Líderes como nos Adotantes, estão a priorizar os orçamentos de TI, não obstante a pandemia. No geral, o relatório revela que as economias com maior maturidade em TIC estão aptas a alavancar a transformação digital para dar uma resposta mais rápida à COVID-19, mitigando o impacto negativo no PIB per capita em 50%.

A Europa classifica-se entre os grupos dos Líderes e Adotantes do GCI, mas os países precisam de fazer mais.
A Suíça, como país europeu classificado no topo no relatório de 2020 (3.ª posição com uma pontuação de 81), alcançou números impressionantes. Em todas as quatro categorias facilitadoras de tecnologia, a Suíça teve uma pontuação bem acima da média, ficando em terceiro lugar entre os países Líderes – empatando com Singapura e sendo “eclipsada” apenas pelos EUA. Tal é impulsionado, entre outras coisas, por uma pontuação excecional no âmbito da banda larga, de 101 em 120 (a média que percorre todos os grupos é 62), bem como pelo forte desempenho em relação à nuvem (63), IA (45) e IoT (69). A Suíça também mostra grande potencial para expandir a digitalização, com uma pontuação de 83 nessa categoria, com o país a basear-se na forte experiência local e na I&D.

Espanha e Portugal, mais dois países europeus, terminaram dentro do top cinco do grupo dos Adotantes (com posição global de 23 e 25), com uma pontuação de 61 cada um. Se olharmos para os detalhes, destacam-se números significativamente inferiores comparativamente à Suíça em termos de investimento em TIC, nuvem e segurança. Embora os dois tenham uma pontuação inferior à da Suíça em todas as quatro categorias facilitadoras, a pontuação de Espanha e Portugal permanece, todavia, acima da média (banda larga, IoT) ou dentro da média (nuvem, IA), identificando as duas áreas principais em que os dois países precisam de fechar o fosso face ao grupo dos Líderes. No entanto, no que diz respeito aos investimentos em redes 4G/5G, fibra e telecomunicações, tanto a Espanha como Portugal pontuam significativamente mais alto do que a Suíça – demonstrando o compromisso dos dois países em criar uma base sólida para o desenvolvimento da conectividade.

A digitalização precisa de ser a prioridade principal agora e no futuro.
Os números do relatório GCI de 2020 da Huawei destacam o facto de as TIC precisarem de estar à frente da estratégia de qualquer organização, agora e depois da pandemia. A dependência da banda larga de alta velocidade para fins de teletrabalho e ensino à distância está a aumentar. A computação em nuvem e as infraestruturas escalonáveis, a inteligência artificial e a IoT são lançadas nos países Líderes e nos principais países do grupo dos Adotantes. Embora alguns governos tenham começado a implementar planos para instituírem tecnologias facilitadoras nas suas economias, é importante que todos os líderes nacionais percebam a necessidade de reavaliar a prontificação das infraestruturas digitais do seu país para desenvolverem estratégias e planos de TIC de forma a facilitarem a transformação digital. Os números no relatório de 2020 mostram que os países com maior maturidade a nível da digitalização são, muitas vezes, mais produtivos do que outras economias. Para acelerar a recuperação económica de modo a atingir níveis pré-pandémicos, os governos têm de considerar em que grau de produtividade os seus principais setores económicos estão a operar, e alavancar os seus setores económicos de forma a atingirem um grau de produtividade superior com base numa digitalização direcionada.