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Seres: Portugal é um dos países da UE mais atrasados na implementação da factura electrónica

A pandemia adiou o processo para PME e microempresas colocando o País na cauda da Europa.

A obrigatoriedade das grandes empresas com mais de 250 trabalhadores, fornecedoras da Administração Pública, terem de facturar electronicamente é já uma realidade há um ano mas estava prevista para as restantes empresas, como PME, para 18 de Abril e tal não aconteceu devido à pandemia,

A eSPaP (Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública) decidiu alargar o período de transição para que as empresas pudessem adaptar os seus sistemas de facturação aos requisitos estabelecidos e apenas a partir de  de Julho deste ano, as PME terão que cumprir com esta obrigação; por sua vez, as microempresas terão de cumprir esta medida até 1 de Janeiro de 2022.

É por tudo isto que a Seres revela que Portugal é um dos países mais atrasados da União Europeia (UE) na implementação da factura electrónica. O País só iniciou o processo quando «há já vários países europeus com este sistema implementado há alguns anos», diz a empresa.  Em 2005, a Dinamarca foi o primeiro país da UE a utilizar a factura electrónica; a Bélgica tem o processo desde 2013; na Itália o uso da factura electrónica é obrigatória entre empresas e Administração Pública (B2G) desde 2014 e entre empresas privadas (B2B), tendo esta medida sido implementada em 2019; e em Espanha, desde 2015, que a factura electrónica com as Administrações Públicas é uma realidade.

«Implementar a facturação electrónica em Portugal representa uma transformação digital, assente na normalização, optimização e automatização processual do ciclo de despesas e receitas»,  salienta Alberto Redondo, director de marketing de Seres.

O responsável explica que «este processo agiliza e desmaterializa o relacionamento existente entre as entidades públicas, e destas com os agentes económicos privados, reduzindo os prazos de pagamento, os custos de operação e de transacção e garante maior fiabilidade e transparência em todas as actividades do processo».