Opinião

O IT da sua organização está preparado para a realidade pós-pandemia?

Esta nova realidade fez também com que as organizações repensassem o formato no qual consomem a tecnologia.

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A disseminação do coronavírus a nível global, obrigou organizações de todos os setores a implementarem projetos de transformação que normalmente levariam meses/anos, numa questão de semanas.

Essa adaptação forçada impactou a forma como as empresas operam e inevitavelmente obrigou a que tenham sido feitos alguns compromissos, em prol da continuidade dos negócios.

Ao mesmo tempo que muitos países anunciavam estados de emergência, milhares de empresas rapidamente ativaram ferramentas de colaboração, reforçaram as suas capacidades de cibersegurança e infraestrutura, e equiparam a sua força de trabalho para uma tarefa colossal: manter o “business a usual”, neste cenário inédito.

Dadas as circunstâncias é normal que, em algumas situações, se tenham arranjado “quick fixes” a nível do ambiente informático, para tentar assegurar um nível mínimo de prestação de serviços por parte das empresas.

Atualmente à medida que as restrições vão sendo levantadas, as organizações começam a planear o que poderá ser um eventual regresso ao escritório, e a analisar em que medida a tecnologia ajudará nesse retorno.

Acreditamos que será crucial haver um período de otimização, para que as organizações assegurem que os esforços postos em prática no início do confinamento, permaneçam robustos e adaptáveis para o futuro; mas sobretudo sabemos que os departamentos de IT devem fazer um balanço real de toda a situação, e colocar a si mesmos as seguintes questões:

• As soluções de emergência que implementámos estão a funcionar com a eficiência necessária, como necessitarão de estar após a pandemia?
• O meu ambiente IT é tão seguro, robusto e resiliente como deveria ser para resistir a mais um confinamento?
• De que forma podemos apoiar melhor o front end do nosso negócio, para garantir que os nossos clientes continuam a trabalhar connosco independentemente do cenário?

Enquanto olhamos para o futuro com o objetivo de conceber os business outcomes certos, precisamos garantir que estes investimentos em tecnologia são escaláveis, fiáveis e geridos eficazmente, ao mesmo tempo que continuamos a alinhar com as melhores práticas da indústria, normas de segurança e quadros de conformidade.

Novos modelos de IT
Independentemente de a nível pessoal podermos gostar mais ou menos, a verdade é que o modelo de trabalho à distância tem tido um impacto positivo em muitas organizações.

E muitas dessas entidades estão neste momento a planear modelos de trabalho mais flexível, de forma permanente. Isto significa que a conectividade segura, a colaboração e ambientes informáticos adaptáveis são características-chave de qualquer plano tecnológico voltado para o futuro.

Em virtude do aumento do trabalho remoto, a procura por serviços híbridos de computação na cloud disparou, e muitas organizações estão a experienciar pela primeira vez a escalabilidade, flexibilidade e eficiência da infraestrutura baseada na cloud.

Esta nova realidade fez também com que as organizações repensassem o formato no qual consomem a tecnologia.

Hoje em dia, uma opção de cloud híbrida dá às organizações a fluidez necessária para melhor apoiar uma força de trabalho remota, com acesso a dados on-demand, que não estão centralizados. E, claro, as medidas de continuidade empresarial podem melhorar drasticamente com uma opção híbrida, uma vez que a adaptabilidade das soluções em cloud permite um tempo mínimo de interrupção, mesmo em circunstâncias excecionais.

A pandemia ocorreu de forma imprevista, mas elucidou o top management das organizações sobre as possibilidades de transformação através da tecnologia e da adaptação dos processos empresariais.

As organizações que melhor preparadas estarão para a realidade pós pandemia, serão aquelas que souberem harmonizar as suas necessidades de curto prazo, com planificação long term; Pois o objetivo não é voltar ao “normal”, mas sim construir um futuro mais eficaz e resiliente, e não voltar a falar de um modelo de business-as-usual do qual a tecnologia e inovação não façam parte.