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Bosch define diretrizes para o uso de inteligência artificial

As decisões de IA que afectam as pessoas não devem ser tomadas sem a supervisão humana.

Bosch

A Bosch estabeleceu limites éticos para o uso da inteligência artificial (IA) e forneceu aos seus colaboradores um conjunto de princípios orientadores para o desenvolvimento dos seus produtos: a IA deve ser segura, consistente, explicável e as pessoas devem manter o controlo sobre a mesma.

A IA é «vital para a Bosch», explica a empresa em comunicado. Assim, até 2025, pretende-se que todos os produtos da empresa tenham inteligência artificial ou sido desenvolvidos ou fabricados recorrendo a esta tecnologia. No entanto, a empresa quer trazer inovação ao mercado de forma responsável e por isso criou um código de ética para IA .

O objectivos são que os produtos baseados em IA sejam seguros, consistentes e explicáveis. Além disso, o código de ética para IA da Bosch estipula que a inteligência artificial não deve tomar quaisquer decisões sobre seres humanos, sem que esse processo esteja sujeito a alguma forma de supervisão humana.

Nos próximos dois anos, a empresa quer formar 20 mil dos seus colaboradores para a utilização dessa  tecnologia e o código fará parte deste programa de formação.

Volkmar Denner, CEO da Bosch, explicou a estratégia da empresa durante o evento Bosch ConnectedWorld 2020: «A inteligência artificial deve servir as pessoas. O nosso código de ética para IA fornece aos nossos colaboradores orientações claras sobre o desenvolvimento de produtos inteligentes. O nosso objectivo é que as pessoas confiem nos nossos produtos baseados em IA».

A Bosch espera também que este seu código de ética em IA contribua para o debate público sobre este tema. «A IA mudará todos os aspectos das nossas vidas. Por esta razão, este debate é vital», afirmou o responsável.

A Bosch está amplamente comprometida com o uso responsável da IA e prova disso são as inúmeras iniciativas em que está envolvida. A empresa faz parte High-Level Expert Group on Artificial Intelligence, órgão designado pela Comissão Europeia para examinar questões como a dimensão ética da IA; está a trabalhar com a Universidade de Amesterdão e a Universidade Carnegie Mellon (Pittsburgh) para desenvolver aplicações com recurso a IA mais seguras e fiáveis; e é membro fundador da aliança de investigação Cyber Valley através da qual vai investir 100 milhões de euros na construção de um campus de IA onde 700 especialistas vão trabalhar lado a lado com investigadores externos e startups. Por último, a Bosch criou o Digital Trust Forum que visa promover um diálogo próximo entre especialistas das principais associações e organizações.