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DnA 2019: dados são centrais para o sucesso das organizações

A primeira edição do Data ‘n’ Analytics 2019 (DnA), organizado pela Xpand IT, deu primazia aos dados e mostrou a abordagem da tecnológica aos temas do big data, data science, business intelligence (BI) e inteligência artificial (IA).

Sob o mote Building a Smarter Future, o DnA 2019, que decorreu no Museu do Oriente em Lisboa, deu sequência ao evento Cloudera & Big Data Ecosystem mas com um novo conceito e, por isso, novo nome. Paulo Lopes, senior partner e CEO da tecnológica explicou que os eventos que realizam têm um «cariz muito tecnológico», «baseado em casos de uso reais» e que a empresa sentiu que estava na altura de «dar um passo em frente» e fazer algo «mais abrangente», tendo nascido o DnA.

O responsável citou Gerd Leonhard, conhecido empreendedor e visionário alemão, que esteve em Lisboa no final do ano passado: «Os próximos vinte anos vão trazer mais alterações à humanidade do que os últimos trezentos anos». O executivo deu exemplos de como a adopção das tecnologias está a avançar a um ritmo muito elevado: o telefone demorou 75 anos a atingir cem milhões de utilizadores, o Instagram precisou de apenas dois anos para chegar a esse valor mas o Pokémon Go só levou um mês para atingir essa meta.

«Existe uma grande transformação digital a nível mundial, não só dos serviços mas de indústrias inteiras e até da própria sociedade», salientou. Apesar disso, «há ainda uma grande iliteracia digital que é obrigatório combater e são as empresas com vertente tecnológica forte, como a Xpand IT, que devem liderar este movimento», disse Paulo Lopes.

A quarta revolução  
Existe uma convergência de tecnologias que está a criar ‘megashifts’, como a mobilidade, a virtualização e a automação. Esta é a «quarta revolução industrial» e consiste na «aproximação do mundo físico, as máquinas; do mundo digital, o software; e do mundo biológico, os humanos». Segundo o responsável, isto provoca «uma aceleração da sociedade potenciada pela tecnologia mas que traz inúmeros desafios». Entre eles está o mercado do trabalho, a privacidade e segurança, a ética, entre outros.

«Uma das primeiras ondas de impacto que se vai fazer sentir é o ‘megashift’ de automação, ligado ao machine learning e à IA». O responsável revelou que acredita que terá de existir uma «mudança nas profissões», com cargos que «se adaptem à nova realidade».

Mas além dos desafios, há também «muitas oportunidades» como os carros autónomos que poderão evitar acidentes e «reduzir drasticamente o número de mortes». Para o CEO da Xpand IT, as organizações devem preparar-se para o futuro e para tal «é prioritário que os decisores se foquem em criar uma cultura digital e data-centric, já que os dados são a base para a criação de soluções, experiências digitais para os clientes e novos produtos e serviços».

Experiências digitais 
Sérgio Viana, partner e digital xperience lead da Xpand IT, falou da empresa, da área que dirige e deu como exemplo o caso prático da Graham & Brown, empresa de papel de parede, que a tecnológica ajudou no processo de transformação digital com uma aplicação que oferece uma experiência digital aos clientes em que os mesmos conseguem ver, através de realidade aumentada, diversos tipos de papel de parede em espaços reais.

O responsável disse que a empresa tem apostado ao longos dos anos «nas tecnologias em que acredita» e tem-se «focado sempre nos dados». Mas alertou que «a área de digital xperience não se foca apenas na tecnologia mas sobretudo no cliente final e no serviço que se quer proporcionar». A ideia é que uma «boa experiência seja igual ou até mesmo superior ao que se espera».

No entanto, a evolução não foi apenas em termos de tecnologia já que a as expectativas dos utilizadores também evoluíram, assim como a forma como usam a tecnologia. Sérgio Viana indicou que «a experiência digital é uma soma do que somos e da tecnologia que usamos» e é isso que «tem de estar na cabeça de quem cria experiências digitais».

O sócio da Xpand IT salientou que a área que dirige assenta em três pilares: mobile, web com foco na personalização e na cloud com serviços de plataforma em Azure, a nuvem da Microsoft. Além da tecnologia, «as pessoas e os processos são igualmente importantes» e os «projectos têm de ter continuidade, ou seja, não são estanques». É essa a abordagem da Xpand IT para ajudar as empresas fazerem a sua transformação digital com sucesso.

A importância dos eventos 
Outras das áreas que a Xpand IT tem a sua oferta é o big data. Nuno Barreto, partner e big data lead da tecnológica disse que a «captação dos dados, considerados como eventos inbound – coisas que acontecem por via do utilizador – são importantes para a criação das soluções na Xpand IT que usa essa informação para oferecer eventos outbound – experiências interactivas, como uma recomendação».

A empresa vê o «end user como um sensor» que fornece diversos dados através das suas interações. «As aplicações de frontend são na realidade devices de IoT e devem ser tratados como tal, tal como se faz com os sensores», referiu. Desta forma, as aplicações desenvolvidas são baseadas nesses «eventos para proporcionar cada vez experiências mais relevantes» e numa «lógica assíncrona para que o foco esteja na interactividade», disse Nuno Barreto. Esta é uma mudança de paradigma», revelou.