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Banking Summit discute desafios da banca na era da revolução digital

Banking Summit 2018

Ao longo de dois dias, o evento Banking Summit promoveu o debate sobre quais são os desafios que surgem no horizonte do sector bancário. Na era cognitiva, é preciso estar à altura dos concorrentes que surgem no mercado e ainda encontrar uma forma de dar aos clientes uma experiência positiva, dizem os principais responsáveis pela banca em Portugal.

Com a organização a cargo da SIBS e da Associação Portuguesa de Bancos, coube a Fernando Faria de Oliveira, presidente da direcção da APB, reforçar que «o digital surge como uma prioridade» nesta altura, em que conceitos como Indústria 4.0 ou a transformação digital são descritos como transversais a diversas áreas de actividade. Para Fernando Faria de Oliveira, um dos desafios dos próximos tempos passa pelo equilíbrio entre «servir tanto os clientes digitais como os clientes mais tradicionais».

Relativamente às fintech, as tecnológicas que operam no sector financeiro e que têm vindo a assumir-se cada vez mais como novos players neste sector, a indicação é, também ela, reforçada por várias entidades que operam no sector financeiro português: é preciso que todos joguem com as mesmas regras.

Para Madalena Cascais Tomé, CEO da da SIBS, esta «transformação digital é uma revolução sem precedentes» no sector bancário, destacando que este sector «é dos que mais investe em inovação e tecnologia».

No evento, esteve também presente Wim Mijs, CEO da Federação Bancária, que exemplificou três grandes tendências do sector: «regulamentação, tecnologia e alterações sociais». Neste último campo, inclui-se também a educação financeira dos clientes, principalmente no que toca às moedas digitais: é preciso ensinar que as moedas podem ser digitais, mas também saem do bolso da mesma forma». Relativamente às fintech, Wim Mijs ressalva que «dão movimento ao mercado».

São vários os desafios que se impõem ao sector, com clientes cada vez mais exigentes, que pedem uma experiência, em vários canais diferentes, mas tudo aliado a um sentimento de comodidade. Para António Ramalho, do Novo Banco, «a transformação digital não é só para optimização de processos internos, é também para alterações dos hábitos do clientes».