A Expo TI, que se realizou pelo sexto ano em Lisboa, «pretende ser uma montra de referência do sector da distribuição em Portugal» referiu André Reis, CEO da Databox, na abertura do evento. Para tal, a conferência, que tem vindo a crescer de ano para ano, tem conseguido atrair cada vez mais expositores e mais que duplicou o número de marcas presentes desde a sua primeira edição.
José Manuel Aguincha, director da Databox, lembrou que «num mundo cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo» é necessário alinhar a visão com os parceiros de negócio: «É aqui que entra a Databox, a dar confiança, solidez, inovação e grande rentabilidade». O director anunciou, ainda, que a empresa vai ter uma nova divisão chamada ‘AV Pro’ ligada ao áudio e vídeo profissional, criada em virtude de «existir uma lacuna no mercado» nesta área.
Programa CSP e o CloudCockpit
João Pedro Vintém, senior partner sales executive da Microsoft Portugal, foi ao evento apresentar o programa de canal da tecnológica. O responsável revelou que a Microsoft sofreu uma «transformação de um negócio de licenças para um negócio de serviços» e como tal disponibilizou ao ecossistema de parceiros o programa Cloud Solution Provider (CSP). O responsável divulgou que a Databox vai começar a transaccionar em CSP junto do canal e que, para tal, vai utilizar a solução CloudCockpit.
Raúl Ribeiro, CloudCockpit sales & marketing executive da Create IT, apresentou a solução que a empresa de distribuição vai usar para gerir a operação de CSP como parceira da Microsoft. A plataforma, que foi lançada há três anos, «está pronta a usar, é deployed muito rapidamente e permite a qualquer CSP do mundo ajudar os revendedores a fazer negócio», esclareceu. O responsável referiu também que os objectivos do CloudCockpit são claros: «Aumentar negócio e reduzir o tempo operacional».
Futuro do canal
O painel dedicado ao tema ‘O Canal de Distribuição e os Desafios do Futuro’ contou com a presença da Databox, da Microsoft e de Camilo Lourenço, jornalista especializado em temas de economia. José Manuel Aguincha acredita que «o futuro vai ser de disrupção» e que, nesse âmbito, existem cinco elementos a considerar na distribuição: «O aumento da expectativa dos clientes; a digitalização do processo de compra, a sofisticação dos competidores, a criação de modelos de negócios inovadores e a necessidade de potenciar as forças de venda».
O director da Databox explicou que «o maior activo das empresas são as pessoas» mas que «uma excelente relação com os clientes já não suficiente». A distribuição tem de «se reinventar e basear-se em informação para saber tudo sobre o cliente se quiser permanecer relevante no futuro».
Miguel Caldas, principal technology evangelist na Microsoft, disse que o facto de a Databox ser multimarca «faz com esteja melhor preparada para a disrupção que aí vem, nomeadamente a entrada dos gigantes tecnológicos como a Amazon». O executivo indicou que os principais desafios a ultrapassar são a «globalização, novos canais, a pulverização da oferta e a redução das margens» mas que há «oportunidades». É o caso da proximidade, diversificação de entrega de serviços e soluções e da elasticidade – a capacidade de crescer e encolher quando é preciso trazida pela cloud. O responsável lembrou que é nestas vertentes que «as empresas da distribuição têm de apostar».
Camilo Lourenço falou da rapidez da evolução da tecnologia e de como «as empresas de todos os sectores de actividade devem reinventar processos para antecipar o que os clientes vão precisar» e «saber como é podem ter valor acrescentado para não se tornarem irrelevantes».
A importância de criar valor
Em relação ao futuro do canal de distribuição, André Reis referiu à businessIT que, para a Databox, «as parcerias de canal sempre fizeram, fazem e continuarão a fazer sentido, desde que cada um dos seus intervenientes desempenhe uma actividade competente, séria e rentável, acrescentando valor à cadeia de negócio, sobretudo em benefício do cliente final».
O CEO esclareceu ainda que ter uma presença forte no canal de distribuição das TI em Portugal «continua a ser um desafio constante e exigente» e que apenas algumas organizações vão conseguir vingar nesta área de grande concorrência: «Acreditamos que o futuro neste segmento pertencerá às empresas mais organizadas e preparadas, que contem com equipas de excelência e processos ágeis, e que consigam servir as diferentes necessidades do negócio dos seus parceiros de uma forma eficiente e competitiva».
Balanço
Em relação a mais uma edição da Expo TI, André Reis, disse que o balanço foi «muito positivo» e que o evento contou com uma participação «superior a oitocentas pessoas» de todo o País, inclusive dos Açores, da Madeira e «até mesmo dos PALOP».
O responsável destacou ainda a importância da presença dos parceiros de negócio: «Muitos fabricantes que nos acompanharam e apoiaram ao longo destes seis anos, reconhecem a Expo TI Databox como um palco ideal para apresentar os seus produtos e serviços». O CEO sublinhou que o evento representa já «um dos investimentos-chave para as marcas na importante aproximação aos seus clientes e na divulgação das suas principais ofertas».