O último Índice de Transformação Digital (DT Index) da Dell Technologies mostra que os programas de transformação digital de muitas empresas ainda se encontra em fase inicial.
O relatório feito em colaboração com a Intel e Vanson Bourne entrevistou 4600 líderes de médias e grandes empresas em todo o mundo para avaliar os esforços de transformação das suas organizações. O DT Index mostrou que apenas 5% das empresas a nível global foram definidas como líderes digitais ,o que demonstra que não houve desenvolvimentos desde 2016. A nível aumenta para 10% quando se fala das organizações me Portugal
Entre os resultados destaque para o facto de 78% dos inquiridos em termos mundiais afirmarem que a transformação digital deve ser mais difundida por toda a organização. Já na EMEA esse valor desce para 73%.
Por outro lado, 94% das empresas portuguesas acreditam que conseguirão responder às solicitações dos seus clientes dentro de cinco anos, enquanto que na região EMEA este valor passa para 51% das empresas.
Paralelamente, na região EMEA 23% das empresas preocupam-se adicionalmente com a transformação da sua própria organização, enquanto que em Portugal isto apenas se verifica em 13% dos entrevistados.
O estudo revelou que os mercados emergentes são os mais maduros digitalmente, como a Índia, o Brasil e a Tailândia. Em contraste, os mercados desenvolvidos estão a ficar para trás, como é o caso do Japão, Dinamarca e França demonstraram baixos valores de maturidade digital.
Simultaneamente, os mercados emergentes estão mais confiantes na sua capacidade de antecipar, de forma disruptiva, as necessidades do mercado – 53%, comparativamente aos 40% verificados nos países desenvolvidos. Portugal contraria esta tendência, uma vez que é dos países mais maduros na transformação digital na EMEA, ficando à frente de países como a França
O DT Index II faz comparação com o primeiro DT Index lançado em 2016 e neste confronto é notório que o progresso tem sido lento. Embora a percentagem de adopção digital tenha aumentado, não se verificaram progressos no topo. 39% dos negócios ainda estão espalhados pelos dois grupos dos menos maduros digitalmente analisados no benchmark: ‘Estagnados Digitais’ e ‘Seguidores Digitais’
Em relação às barreiras à transformação, 91% das empresas dizem sentirem obstáculos sendo que entre os mais mencionados está a falta de orçamento e recursos; a preocupação com privacidade e segurança de dados e a regulação e mudanças legislativas (de 9.º lugar em 2016);
Quase metade (49%) das empresas da região EMEA acreditam que a sua organização terá dificuldade em provar que é fiável nos próximos cinco anos, em Portugal 94% das organizações tem este sentimento.
Os chamados ´lideres digitais’ reforçaram a necessidade de haver prioridades e investimentos que apoiem a transformação futura, incluindo um foco maior na força de trabalho, segurança e TI.
Assim, 46% dos empresários na EMEA estão neste momento a promover competências e talentos digitais internos, através de formações para os seus colaboradores. Em 2016, apenas 27 por cento dos inquiridos afirmavam o mesmo. Entre as tecnologias que serão alvo de investimento estão a cibersegurança, ambientes multi-cloud, IoT e inteligância artificial.
Michael Dell, presidente e CEO da Dell Technologies, explica que há muito a fazer: «Num futuro próximo, qualquer organização irá precisar de ser uma organização digital, e a nossa pesquisa indica que a maioria ainda tem um longo caminho a percorrer».
«As organizações necessitam de modernizar a sua tecnologia para não perder a oportunidade de participar por completo na transformação digital. A hora de agir é agora», acrescenta.