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Kaspersky: 56% dos utilizadores portugueses tapam a webcam para garantir a sua privacidade

Este estudo também revelou que quase metade dos utilizadores em Portugal (49%) está preocupada com a possibilidade que os assistentes de voz estejam constantemente a ouvir as suas conversas e a recolher informações pessoais.

© Kaspersky

O estudo ‘Excitement, Superstition and great Insecurity – How global Consumers engage with the Digital World‘ da Kaspersky revela opiniões controversas entre os utilizadores relativamente à protecção das suas informações pessoais. Por exemplo, 56% dos inquiridos portugueses consideram que cobrir a webcam dos seus dispositivos digitais mantém a sua privacidade, enquanto 38% confiam nos modos de navegação anónima na Internet para salvaguardar as suas actividades online. Estes números reflectem que ainda existe o desafio de distinguir o que é seguro e privado e o que não é.

Apesar de décadas de utilização de dispositivos digitais e do reconhecimento da cibersegurança como uma preocupação real e crítica, continua a ser difícil distinguir entre o que é seguro e o que não é. O último inquérito da Kaspersky demonstra que os utilizadores podem ser contraditórios em relação aos seus hábitos digitais e às suas atitudes perante a privacidade digital. Por um lado, 56% acreditam que cobrir a webcam dos seus dispositivos é uma medida suficientemente eficaz para proteger a sua privacidade.

Por outro lado, parte dos inquiridos em Portugal (36%) joga jogos online e envia os seus dados pessoais para fontes não fiáveis para conseguir aceder a esses jogos. Em geral, publicam os seus resultados nas redes sociais e envolvem os seus amigos nesta pirâmide de partilha de dados descuidada.

Este estudo também revelou que quase metade dos utilizadores em Portugal (49%) está preocupada com a possibilidade que os assistentes de voz estejam constantemente a ouvir as suas conversas e a recolher informações pessoais. Como consequência dessa ideia, aproximadamente 21% dos portugueses inquiridos coloca os seus dispositivos em modo de avião durante conversas privadas importantes.

Outra conclusão interessante deste estudo remete para a utilização do modo privado de navegação online. Cerca de 38% dos utilizadores portugueses inquiridos acreditam, erradamente, que a activação do modo de navegação anónima garante a sua invisibilidade online. Há que destacar que, dos inquiridos portugueses, apenas 9% estão dispostos a clicar em hiperligações desconhecidas nas aplicações de troca de mensagens e chats, comprometendo potencialmente a sua segurança.

A Analista de Conteúdo Web da Kaspersky, Anna Larkina, explica: «A nossa investigação sublinha a importância de uma abordagem bem informada sobre a cibersegurança e a privacidade digital. Para garantir a segurança e a protecção dos utilizadores, é essencial manter uma mentalidade crítica e confiar apenas em fontes e factos verificados. Isto implica ignorar técnicas e mitos não comprovados. Além disso, a implementação de uma solução de segurança abrangente que ofereça uma protecção robusta contra uma gama diversificada de ameaças e riscos pode revelar-se inestimável».