O relatório semestral de ameaças cibernéticas da Acronis mostra que o ransomware é a maior ameaça enfrentada pelas grandes e médias empresas e revela que esta tendência se manterá no próximo ano.
O estudo feito pelos centros de operação de protecção cibernética da empresa tem como objectivo fornecer «uma análise aprofundada das tendências das ameaças cibernéticas» e demonstra que quase metades das fugas reportadas durante o primeiro semestre de 2022 envolveram credenciais roubadas. Além disso, a investigação da Acronis revela como os cibercriminosos também utilizam malware e atacam vulnerabilidades de software não corrigidas para extraírem dados das organizações.
O ransomware está a piorar ainda mais do que estava previsto e grupos, como o Conti e o Lapsus$, estão a infligir prejuízos graves. A Acronis prevê que ransomware vai originar prejuízos de 30 mil milhões de euros em 2023. O êxito destes ataques é, de acordo com a empresa, «devido ao excesso de complexidade da TI».
Além dos danos financeiros, os ataques causam frequentemente períodos de inactividade e outros problemas ao nível do serviço, afectando a reputação e a experiência dos clientes das empresas. Em 2021, os ciberataques, causaram períodos de inactividade em 36% das organizações.
A utilização de phishing, e-mails e sites maliciosos e malware continua a aumentar e foram registadas 600 campanhas de e-mail malicioso na Internet durante a primeira metade de 2022. Além disso, 58% dos e-mails eram tentativas de phishing e 28% destes e-mails continham malware.
«As ameaças cibernéticas actuais estão em constante evolução e iludem as medidas de segurança tradicionais. Independentemente da sua dimensão, as organizações necessitam de uma abordagem holística à cibersegurança que integre todos os aspectos, incluindo antimalware, protecção de e-mail e capacidades de avaliação de vulnerabilidades», explica Candid Wüest, Vice-Presidente de Investigação de Proteção Cibernética da Acronis.