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CPX 360: ter a segunda melhor solução de segurança não é suficiente

No seu evento anual, o CPX 360, a Check Point explicou porque tem as melhores soluções de cibersegurança e falou da nova abordagem ao mercado, com foco na prevenção em tempo real.

Na tradicional keynote de abertura do CPX 360, este ano novamente em formato virtual, Gil Shwed, CEO da Check Point Software Technologies, abordou a estratégia da empresa e explicou a mudança de imagem feita quase ao fim de trinta anos de existência. O novo slogan da empresa ‘You Deserve The Best Security’, que também foi o título da sua apresentação, traduz a nova aposta e filosofia da Check Point.

Gil Shwed referiu que a «dependência do ciberespaço aumentou com a pandemia» e que, se antes, «50 a 60% da vida das pessoas estava dependente de uma rede», hoje esse valor é de «90%» – por isso, mais que nunca, é «preciso estar seguro». O fundador da Check Point esclareceu que o«nível de sofisticação dos ataques «continua a aumentar» e que os ataques Gen V (multivector) «soam a futurista», mas são «algo a que se assiste diariamente». Gil Shwed deu, ainda, alguns exemplos, como os «ataques a cadeias de abastecimento» ou «ataques de ransomware» que podem «deixar inactivo um hospital inteiro».

Ano de 2021 foi díficil
O CEO disse que o ano passado foi «um dos anos mais desafiantes em termos de ciberataques» e esclareceu porquê: «Começou com o hack à SolarWinds e acabou com a vulnerabilidade Log4j, com a qual ainda teremos de lidar durante muitos meses. Precisamos de estar preparados para estes ataques e para o que vier a seguir. As empresas acham que, ao investirem mais em cibersegurança e ao terem mais soluções, estão mais seguras e que isso é suficiente – pelo que vimos no ano passado, isso não é verdade».

Gil Shwed considerou que, perante as ameaças multivector, «ter a segunda melhor solução não é suficiente», já que o «segundo melhor não funciona e vai falhar». O CEO esclareceu que a melhor segurança é aquela que «consegue suster os ataques e deixá-los fora das redes, que protege e previne ataques Gen V». Sem surpresa, Gil Shwed garante que essa opção é a Check Point.

A estratégia da empresa assenta na arquitectura Infinity, uma solução unificada que se divide em três pilares: a solução Quantum (para proteger a rede); a CloudGuard (segurança da cloud); e Harmony (protecção de utilizadores e acessos). Tudo isto é ligado pelo ThreatCloud, considerado o «cérebro» que liga todos os elementos e assegura protecção/prevenção em tempo real contra as ameaças e em todos os vectores, não apenas an detecção de ameaças. Esta é, assim, a peça fundamental da abordagem da Check Point. Gil Shwed revelou que a Infinity foi a «única tecnologia que bloqueou o Log4j e que a reconheceu como uma «vulnerabilidade zero-day».

Ser o melhor
O responsável deu um exemplo de um caso real que aconteceu em Dezembro 2021 «numa instituição governamental com mais dezoito mil colaboradores»; aqui, a Check Point descobriu malware que comprometia a infraestrutura. Gil Shwed revelou que a «Infinity salvou o dia» e que passado uma semana «estava tudo resolvido». Isto fez com que o CEO sublinhasse que, na cibersegurança, «não há alternativa» e que os não é possível ter algo que não seja «o melhor»; Gil Shwed exemplificou isso com a palavra ‘BEST’ do novo slogan, transformando-a em acrónimo: «‘B’ de ‘block threats’ (bloqueia ameaças), ‘E’ de ‘everywhere’ (em todo o lado); ‘S’ de ‘smart’ (inteligente com recurso a mais de trinta tecnologias de inteligência artificial) e ‘T’ de ‘trusted’ (de confiança)».

O CEO e fundador agradeceu ainda aos parceiros «que ajudam a educar o mercado e levam as soluções da empresa aos clientes» e aos «mais de seis mil profissionais de segurança da empresa que que tornam o mundo seguro». No final, o responsável salientou que 2022 será um ano de «foco na inovação, na experiência do cliente e no acelerar do crescimento».