A Comissão Europeia atribuiu cerca de 5,7 milhões de euros a nove entidades portuguesas, no âmbito do
concurso destinado ao Cluster 5 do Horizonte Europa dedicado às áreas do clima, energia e
mobilidade.
Em Portugal, o processo é acompanhado pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito da rede PERIN e os projectos que conseguiram o financiamento foram nove, entre os quais o Advagen, de desenvolvimento de baterias avançadas em estado sólido; o Bolster, que pretende construir pontes com comunidades marginalizadas para transições de sustentabilidade local na Europa; o DUT, uma parceria europeia para as transições urbanas e o Gigagreen de desenvolvimento de processos de fabrico de células verdes.
Os restantes projectos foram o Greenet, que vai criar pontos de contacto nacional para a transição verde: clima, energia enmobilidade; o PULSELiON, que é referente a tecnologia de deposição de laser pulsado para fabricação de baterias de estado sólido suportada por digitalização; o RELiEF, projecto de reciclagem de lítio de matérias-primas secundárias e outras; o Spinmate, que se trata de linha piloto escalável e sustentável baseada em tecnologias de fabricação inovadoras para a industrialização de baterias de estado sólido para o sector automóvel; e o SSTAR, uma iniciativa transformadora de estado sólido de alta tensão inovador para maximizar a penetração de energia renovável em sistemas de distribuição e transmissão de energia.
No total, foram submetidos 38 projectos de I&D com participação nacional, dos quais os seleccionados representam «uma taxa de sucesso de 24% face à média europeia», diz a ANI.
Joana Mendonça, presidente da associação, salienta a participação portuguesa: «Estes resultados dos concursos dos clusters 4 e 5, no seu conjunto, financiam 39 projectos com a participação de 34 entidades portuguesas. No total, estas angariaram financiamento para os seus projectos I&D no valor acumulado de 26,7 milhões de euros. Considero, portanto, que estamos no bom caminho para aquela que é uma
meta que a ANI considera alcançável, que Portugal consiga captar cerca de dois mil milhões de euros
até 2027, ou seja, o dobro do que captou no Horizonte 2020».