A Verse é uma aplicação de pagamentos que nasceu «dois anos antes de os bancos espanhóis começarem a criar uma solução de pagamento peer-to-peer com base em números de telemóveis» explica o CEO, Bernardo Hernández. Sobre o que torna esta aplicação diferente de outras, o responsável não tem dúvidas: «Somos realmente um banco para a nova geração. Somos a primeira app de pagamento com feed social (como o Facebook ou Instagram), que criou uma forma nova – e mais interactiva – de lidar com o dinheiro. Oferecemos, também, um serviço premium gratuito que permite fazer transferências instantâneas na Europa e um cartão de débito sem cobrança de taxas em compras internacionais».
Neste momento, a Verse, nascida em Barcelona, tem uma «grande implantação no mercado espanhol», mas opera em diversos mercados europeus; agora, decidiu expandir-se para Portugal. Sobre o mercado nacional, o responsável diz que é caracterizado por um «forte sistema bancário, com players locais que oferecem uma vasta gama de serviços e produtos aos seus utilizadores». No entanto, Bernardo Hernández diz que existem «apenas algumas fintechs que oferecem soluções de pagamentos inovadoras e acessíveis». Assim, o CEO acredita que vai «fazer a diferença» e que a «Verse será bem aceite entre as pessoas que procuram maneiras mais convenientes de enviar e receber dinheiro entre amigos e familiares, assim como partilhar e gerir despesas diárias».
Aposta no MB Way
A entrada em Portugal passa por uma parceria com o MB Way, o que vai ajudar a Verse a proporcionar «óptima experiência» aos utilizadores, acredita Bernardo Hernández: «Com a nova regra europeia relativa à verificação de dois factores, e sendo o MB Way uma das ferramentas de pagamento mais populares em Portugal, fez todo o sentido adicionarmos o serviço para que seja mais fácil os utilizadores adicionarem dinheiro à Verse, garantindo-lhes uma experiência fácil, rápida e um sistema totalmente confiável e já difundido a nível nacional».
Sobre a estratégia adoptada, esta será semelhante ao que se passa em Espanha, ou seja, «baseada no crescimento social». Segundo Bernardo Hernández, isto significa que «não se integram utilizadores individuais, mas sim grupos de amigos através de um programa de fidelização». Esta estratégia tem-se revelado «bastante bem-sucedida em Espanha», pelo que o CEO acredita que irá «funcionará muito bem também em Portugal».
A fintech está ainda a trabalhar em «várias funcionalidades e soluções para garantir que o produto se adapta às necessidades dos utilizadores portugueses e para que eles achem que a Verse não só é fácil de usar, mas uma ferramenta útil para as suas finanças diárias», esclarece o CEO.
Bernardo Hernández salienta ainda que as perspectivas para a operação em Portugal são animadoras: «Começamos a testar o mercado há cerca de seis meses e tivemos óptimos resultados, com a aquisição de mais 120 mil utilizadores. Agora, estamos a realocar recursos para impulsionar este crescimento. Estamos ansiosos pelo regresso das aulas nas universidades, onde está o nosso principal target-alvo».