A CI&T foca-se, sobretudo, na transformação digital, nos modelos de negócio lean & agile e tem clientes em todo o mundo, em especial nos sectores do retalho, media, serviços financeiros e dos bens de consumo embalados. Em 2020, a empresa chegou a Portugal e criou um Customer Center para dar apoio aos clientes que operam na Europa. A estratégia era clara, como explica Bruno Guicardi, presidente e co-fundador da empresa, que foi, entretanto, modificada: «A pandemia atrasou, naturalmente, os planos que tínhamos a nível global e Portugal não foi excepção. Vínhamos com a ideia de avançar rapidamente desde o primeiro momento, contratar uma equipa sólida e investir dois milhões de euros no País entre 2020 e 2021. Tivemos de abrandar a estratégia e ampliar este prazo de investimento até 2022, mas o balanço que fazemos é, até ao momento, positivo».
O responsável acrescenta que a empresa está contente com os resultados do primeiro ano de operação e espera melhorar em 2021: «Estamos muito impressionados com a equipa que contratámos e acreditamos que, este ano, contando com a evolução positiva da situação de pandemia, será muito mais esclarecedor quanto ao verdadeiro progresso que podemos conseguir alcançar aqui».
Objectivo é atrair profissionais
Bruno Guicardi salienta que Portugal funciona como customer centre e pólo de atracção de talento na Europa, mas não descarta ter clientes no mercado nacional: «Ainda que, naturalmente, estejamos sempre atentos a novos contactos comerciais que possam surgir e vermos aqui oportunidades que queremos aproveitar, o nosso verdadeiro interesse no País é atrair o melhor talento, que trabalhará a partir daqui para servir os nossos clientes em vários países, nomeadamente no Reino Unido, Espanha e Alemanha. Portugal desempenha, desta forma, um papel fundamental, porque é um eixo sólido que consolida a nossa presença neste continente».
A empresa tem agora quarenta colaboradores e quer «duplicar o número» este ano – inicialmente estava previsto serem duzentos profissionais, mas este é agora o objectivo para 2022. Para já, Portugal corresponde a apenas «5% do número de colaboradores globais» da CI&T, mas a empresa quer que a operação nacional «assuma um papel mais preponderante».
A CI&T está à procura de «developers de software e designers de experiência do cliente para o ambiente digital»; e, dentro destes perfis, «nas especialidades de plataformas móveis, e-commerce, conteúdo e dados», refere o presidente. Mas a empresa está atenta também a outros profissionais: «Não fechamos portas a outro tipo de perfis, queremos sempre que os clientes contem com todo o apoio de que possam vir a necessitar, pelo que estamos sempre atentos ao mercado».
Em 2021, a CI&T acredita que apesar do arranque «algo tremido», ainda há potencial para ser um ano «muito mais positivo» que o anterior e, sobretudo, de «maior crescimento» para o negócio em Portugal.
