O grupo que inclui as software houses Sendys, Alidata e Masterway, e que tem mais de 37 anos de experiência, conseguiu bons resultados em tempos de pandemia, como aconteceu com a maioria das empresas de TI. O Sendys registou um volume global de negócios de 9,1 milhões de euros, um crescimento de 5,5% em relação a 2019. O negócio em Portugal, representou 5,5 milhões e Angola teve um volume de negócios de 2,1 milhões de euros; Moçambique chegou aos 900 mil euros e, noutros mercados, a empresa atingiu os 600 mil euros.
Fernando Amaral, chairman do Sendys Group, revelou que o mercado nacional teve «um aumento de 9,3%, em relação ao ano passado», mas que houve retracção nos mercados angolano/moçambicano pela «limitação de viagens causada pela pandemia» e explicou quais as consequências: «Embora tenhamos recursos locais, há toda uma parte de serviços, de consultores e comercial que depende da presença física. Isto permite-nos identificar novas oportunidades e entregar outros projectos». Assim, o negócio no continente africano manteve-se estável, mas não cresceu ao nível de «new business». O Sendys Group terminou o ano de 2020 com 145 colaboradores e espera contratar mais profissionais em 2021.
Em relação às soluções, as mais requisitadas pelas empresas foram as que permitiram a «continuidade de negócio», ligadas a serviços de «cibersegurança, à mobilidade, lojas onlines, sites e hardware, como portáteis, servidores, routers, entre outros equipamentos de redes».
Fernando Amaral reconheceu que o sector foi «muito beneficiado pela actividade que exerce» e pelo facto de as pessoas precisarem de «recorrer à tecnologia para continuarem a trabalhar».
Optimismo moderado para 2021
O responsável acredita que o Sendys Group «vai continuar a crescer em 2021», quer em termos financeiros, quer em colaboradores, mas mostra-se cuidadoso com as previsões em virtude da crise e do mercado: «Acredito que 2021 vai ser, em termos económicos e financeiros, um ano mais complexo para as empresas que 2020».
Fernando Amaral referiu que é preciso «perceber o impacto das medidas que serão tomadas pelo Governo» e quantos dos apoios vão chegar à «base da pirâmide», ou seja, aos «90% de PME com menos de três colaboradores», além do que vai trazer «o final das moratórias dos créditos».
A transformação digital já era uma realidade para algumas empresas, mas «passou a ser ainda mais forte»; isso não vai parar em 2021, por isso Fernando Amaral esclareceu que, este ano, o objectivo é «contribuir para apoiar os empresários a ultrapassarem o momento mais desafiante da história das empresas».
Para isso o Sendys passou a contar com ferramentas integradas que automatizam, simplificam, melhoram, geram eficiência em processos organizacionais e aceleram a transformação digital. Todos estes recursos estão, agora, disponíveis (alguns de forma gratuita) para os clientes. Neste conjunto alargado de aplicações está uma ferramenta de BPM + Gestão Documental (que permite agilizar processos que necessitam de validações de diferentes departamentos), o Portal do Colaborador (uma plataforma para gerir os recursos humanos em qualquer dispositivo), o Auditor (uma ferramenta analítica de inteligência artificial que detecta situações anómalas e ineficiências no sistema de informação empresarial) e uma solução para gestão e uniformização do serviço ao cliente, entre outras.