A Check Point Software Technologies revelou o seu Índice Global de Ameaças de Julho de 2025 em que registou um aumento de 28% do ransomware face a 2024 e em que cada organização sofreu, em média, 2011 ciberataques por semana, um aumento de 3% face ao mês anterior e de 10% em comparação com o ano anterior.
Os grupos Qilin, Inc. Ransom e Akira foram os principais responsáveis pela maioria das ameaças com 12%, 9% e 8% dos ataques publicados, respectivamente. O primeiro é um ransomware-as-a-service (RaaS) com ligações à Rússia que angaria afiliados que têm acesso a um painel de administração completo, infraestrutura de negociação e serviços de apoio.
Já RaaS Inc. Ransom opera com um site de negociação protegido por credenciais e site público de fugas e suporta payloads em Windows e Linux, estando em expansão em alcance e capacidades. Por outro lado, oAkira é um ransomware que ataca sistemas Windows, Linux e ESXi.
Ao nível das indústrias, os Bens de Consumo e Serviços foi a mais impactada, representando 12,0% de todos os ataques reportados, seguida da Construção e Engenharia com 10,2%. e dos Serviços Empresariais com 9,5%.
Em Julho de 2025, a região mais impactada foi a América do Norte com 52% de todos os incidentes reportados e a Europa, a segunda mais visada, com 25% dos ataques.
«Os dados de Julho mostram que o ransomware não só veio para ficar, como está a evoluir rapidamente, com grupos como o Qilin a expandirem o seu alcance para alvos de elevado valor», explica Omer Dembinsky, Group Manager, Threat Intelligence, Check Point Software Technologies.
O responsável acrescenta que «estes ataques estão a atingir todos os cantos do mundo e todos os tipos de organizações. Estratégias de prevenção em primeiro lugar, potenciadas por IA, são a única forma de combater e de se manter à frente dos atacantes».
Já no que diz respeito ao malware, a nível mundial, os sectores mais visados forma a Educação com 4248 ataques semanais por organização (+11% YoY), as Telecomunicações com 2769 ataques semanais (+24% YoY); a Administração Pública/Governo com 2745 ataques semanais (+6% YoY). A Check Point revela ainda que os ataques à agricultura foram os que maior crescimento tiveram com um aumento de 81% ano-a-ano. Em Portugal, os três sectores mais afectados foram os mesmos que a nível mundial: Educação, Telecomunicações e Administração Pública/Governo.
Em termos geográfico a APAC é a que mais ciberataques semanais sofreu com 3403 (+3% YoY), seguido da América Latina com 2917 (+4% YoY) e a América do Norte com 2870 (+5% YoY). A Europa foi a região que registou a maior subida anual com um crescimento de 15% dos incidentes em relação ao ano anterior.