A Kaspersky revelou os resultados do seu Boletim de Segurança referente ao segundo semestre de 2025, em que registou mais de dois milhões de ameaças online em dispositivos de utilizadores portugueses, o que significa que 19,4% enfrentaram ciberameaças de origem na web.
O relatório, feito com base nos resultados da Kaspersky Security Network, mostra que Portugal ocupa o 41.º lugar do ranking global de exposição a ameaças online.
Assim, entre Abril e Junho, o principal método de propagação de programas maliciosos no País foram os browsers e a técnica mais usada a de drive-by download. Segundo a empresa, neste tipo de ataques, basta que um utilizador visite um website comprometido para que o dispositivo seja infectado, sem que seja necessária qualquer acção directa.
Para a Kaspersky, «estas ameaças invisíveis representam um desafio crescente» porque já «não basta instalar um antivírus tradicional», sendo «essencial recorrer a tecnologias mais avançadas, como detecção baseada em comportamento, machine learning e prevenção de exploits em tempo real».
Além disso, os ataques por meios físicos, como USB, discos externos, CD, entre outros dispositivos físicos, continuam a representar um risco significativo. No segundo trimestre de 2025, a Kaspersky detectou mais de 3,2 milhões incidentes locais nos dispositivos portugueses, afectando 15,4% dos utilizadores.
O boletim destaca ainda que cerca de 0,10% das ameaças online detectadas a nível mundial tiveram origem em servidores localizados em Portugal, o que representa um total de 348 992 incidentes. Isto coloca Portugal na 38.ª posição global enquanto origem de ameaças.