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CIO preocupam-se com ciberameaças e talentos tecnológicos

Cibersegurança e escassez de talento especializado estão no topo das preocupações dos Chief Information Officers de acordo com o relatório “Future Forward: CIO 2025 Outlook”, da Experis

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Quase 40% Chief Information Officers (CIO) identificam a cibersegurança como a sua principal preocupação, ao mesmo tempo que se preparam para reforçar o investimento em protecção de dados (77%), expandir a infra-estrutura cloud (68%) e acelerar as capacidades de IA (67%). Os números constam do novo relatório Future Forward: CIO 2025 Outlook, publicado pela Experis, que retrata o equilíbrio delicado que os executivos de tecnologia tentam manter entre defender as organizações contra ciberameaças e impulsionar a inovação em ritmo acelerado.

De acordo com o estudo, embora a cibersegurança seja a prioridade absoluta, a modernização tecnológica avança em paralelo, com a cloud e a IA a surgirem como áreas estratégicas de investimento, sobretudo para potenciar a competitividade e a capacidade de resposta. «Os CIO modernos não estão apenas a jogar à defesa. Estão a conciliar segurança e inovação para criar vantagem competitiva. Ao mesmo tempo que integram resiliência nas suas bases digitais, adoptam a IA, a cloud e outras tecnologias avançadas para ultrapassar os concorrentes», diz Kye Mitchell, head of Experis nos Estados Unidos, em comunicado.

O relatório realça ainda que a crescente sofisticação dos ataques informáticos, cuja actividade não só se intensificou nos últimos anos, mas também se tornou mais dispendiosa para as empresas, obriga os líderes de TI a articular estratégias de protecção e de adopção tecnológica de forma coordenada. Isto significa uma colaboração cada vez mais próxima com áreas não tecnológicas, já que a segurança cibernética deixou de ser apenas uma questão de ferramentas ou sistemas para se tornar uma preocupação transversal a toda a organização.

Falta de talento é crítica
A falta de talento especializado em TI permanece outro factor crítico. Segundo a Experis, 76% dos inquiridos notam dificuldade para encontrar profissionais capazes de responder às crescentes exigências, sejam elas relacionadas com cibersegurança, computação em nuvem ou desenvolvimento de IA. Em muitos casos, a solução passa por requalificar colaboradores internos, redesenhar funções e incluir competências de IA nos cargos já existentes. Só assim as empresas poderão manter a competitividade num mercado onde a velocidade de inovação é quase tão prioritária quanto a robustez dos sistemas de protecção.

Apesar do entusiasmo em torno da IA, o estudo observa uma adopção cautelosa por parte dos executivos. Apenas 37% reconhecem valor imediato nas aplicações de IA gerativa, enquanto 33% continua indecisa sobre o impacto efectivo da tecnologia no negócio.

James Hallahan, brand leader da Experis para a Europa, explica, no mesmo comunicado, que a abordagem varia entre países: «O que salta à vista na nossa pesquisa global é a notável variação regional de como estes desafios são enfrentados. Há mercados que apostam em políticas sustentáveis e segurança robusta; noutros, vemos entusiasmo com a IA e a simultânea expansão de orçamentos de cibersegurança. Já em países como a França, quase 40% dos CIO citam a defesa de recursos orçamentais como o maior obstáculo. Estes contrastes evidenciam a necessidade de soluções ajustadas às realidades locais, em vez de um único modelo universal».

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