O estudo ‘Boardroom Lens on Generative AI‘ da KPMG Portugal revela que inteligência artificial generativa já está a ser integrada por 33% das entidades inquiridas a nível nacional e que existe o sentimento de que «pode ser um diferencial competitivo importante para as organizações».
O estudo, realizado em parceria com o Instituto Português de Corporate Governance e que incluiu mil inquiridos de 120 empresas a nível global, mostra ainda que 37% dos inquiridos em Portugal estão a escalar a utilização da tecnologia nos seus processos. Contudo, há desafios como por exemplo, a formação dos colaboradores em IA generativa, que segundo os resultados do estudo é ainda limitada, com apenas 23% das organizações em Portugal a confirmar que já estão a oferecer essa formação.
Além disso, 10% dos inquiridos em Portugal reconhecem que a IA generativa já é fundamental para o seu negócio e está a ser utilizada de forma robusta e a aplicação da tecnologia é vista principalmente como uma ferramenta para optimizar operações, com 77% dos inquiridos em Portugal a referir esse facto. Este é seguido pelo desenvolvimento de novos produtos e serviços e linhas de negócio (13%) e aumento de receitas de produtos existentes (3%).
A cibersegurança (47%) e a imprecisão dos dados (43%) são as maiores preocupações para os líderes nacionais, seguidos pela imprecisão de resultados (33%), do enviesamento algorítmico (30%) e da privacidade de dados (30%).
Em termos de visão para o futuro, 40% dos inquiridos em Portugal acreditam que os benefícios da IA generativa já superam os riscos, mas para que a tecnologia vingue a KPMG considera que existe a «necessidade de uma colaboração contínua entre todos os envolvidos para desenvolver processos que garantam a confiança e a qualidade na implementação» da tecnologia.
Paulo Paixão, Head of Audit & Assurance da KPMG Portugalm, explica que «este estudo, ausculta os principais líderes em Portugal sobre os impactos da Gen AI nas suas organizações. Acreditamos firmemente que se trata de uma oportunidade valiosa de orientar e influenciar o uso ético e responsável da tecnologia no contexto empresarial. No entanto, em paralelo, é importante que tenhamos consciência das potenciais “armadilhas” e desafios que a Gen AI pode apresentar, especialmente dentro dum contexto regulatório em constante evolução».