O Experis Tech Talent Outlook mostra que, apesar da instabilidade económica e geopolítica, as empresas de TI pretendem aumentar as suas equipas no primeiro semestre de 2024.
O relatório, que entrevistou 5300 empresas tecnológicas em 41 países, revela a ‘Projecção para a Criação Líquida de Emprego’, que resulta da diferença entre a percentagem de empregadores que planeia aumentar a sua força de trabalho e a percentagem de empregadores que planeia reduzi-la.
Os empregadores nacionais do sector revelam um grande dinamismo no que respeita às ‘Perspectivas de Contratação’ sendo mesmo, segundo o estudo, os que mais pretendem recrutar em comparação com outros sectores: 65% dos inquiridos a prevêem crescer o número de colaboradores, 8% antevêem reduzir e 25% manter a equipa.
Em Portugal, este valor é de 57% para o primeiro trimestre de 2024, o que representa uma subida de 10 pontos percentuais face ao último trimestre de 2023 e de 29 pontos percentuais comparativamente com o período homólogo do ano anterior. O País é o terceiro dos 41 analisados a querer contratar mais colaboradores apenas atrás de Porto Rico (64%) e Suíça (62%) e está 24 pontos percentuais acima da média da região da EMEA e 21 pontos percentuais acima da média global. As empresas portuguesas do sector das TI não planeavam contratar tanto desde o primeiro trimestre de 2022 em que a ‘Projecção para a Criação Líquida de Emprego’ foi de 67%.
A nível global, as TI são o sector que apresenta uma projecção mais forte (36%) revelando um decréscimo de 3 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Na região da EMEA, o valor no sector da tecnologia é de 33%, valor que se mantém face ao último trimestre e que aumentou 6 pontos percentuais face o mesmo período de 2023. Já os países que registam o maior decréscimo foram a Noruega (-36%), a Irlanda (-34%) e Taiwan (-32%).
Nuno Ferro, Brand Leader da Experis, «embora 2023 tenha sido marcado por reduções de equipas em multinacionais tecnológicas, que atraíram muita atenção, estas deveram-se em grande medida a um processo de ajustamento face às contratações do período pós-pandemia».
O responsável salienta os principais resultados do estudo: «Actualmente, assistimos a uma elevada procura por talento e serviço tecnológicos em todos os sectores e perfis de empresas, reflexo da transformação digital se faz sentir em praticamente todos os modelos de negócio. Por esse motivo, nos primeiros três meses de 2024 cresce a necessidade de encontrar estes perfis especializados, especialmente nas empresas das TI, mas também nos restantes sectores».