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IA generativa: a revolução silenciosa

A inteligência artificial tem entrado nas nossas vidas de forma gradual, desde a tecnologia que “alimenta” os nossos smartphones, passando pelas funcionalidades de condução autónoma dos automóveis, até às ferramentas que os retalhistas utilizam para surpreender os consumidores. Consequentemente, o seu progresso tem sido quase imperceptível.

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Outra característica enfatizada pelas consultoras é a de que a IA generativa tem o potencial de alterar a anatomia do trabalho, aumentando as capacidades dos trabalhadores através da automatização de algumas das suas actividades individuais, sublinha a mcKinsey: «A IA generativa e outras tecnologias têm o potencial para automatizar actividades de trabalho que actualmente absorvem 60 a 70% do tempo dos trabalhadores».
A explicação para a aceleração do potencial de automatização técnica está, em grande parte, na maior capacidade da IA generativa para compreender a linguagem natural, necessária para actividades laborais que representam 25% do tempo total de trabalho: «Assim, a IA generativa tem mais impacto no trabalho do conhecimento associado a profissões com salários e requisitos de formação mais elevados do que noutros tipos de trabalho».

É provável que o ritmo da transformação da força de trabalho acelere, dado o aumento do potencial de automação técnica. Os cenários de adopção actualizados pela McKinsey, incluindo o desenvolvimento tecnológico, a viabilidade económica e os prazos de difusão, levam a estimativas de que metade das actividades de trabalho actuais poderiam ser automatizadas entre 2030 e 2060, com um ponto médio em 2045, ou seja, cerca de uma década antes das nossas estimativas anteriores.

É necessário haver um investimento paralelo
Uma das conclusões do estudo ‘The Economic Potential of Generative AI: The Next Productivity Frontier’ é a de que a IA generativa pode aumentar substancialmente a produtividade do trabalho em toda a economia; contudo, isto exigirá investimentos para apoiar os trabalhadores à medida que eles mudam de actividades de trabalho ou mudam de emprego. A consultora aponta que a IA generativa pode permitir um crescimento da produtividade do trabalho de 0,1 a 0,6% ao ano até 2040, dependendo da taxa de adopção da tecnologia e da redistribuição do tempo do trabalhador para outras actividades. «Combinando a IA generativa com todas as outras tecnologias, a automatização do trabalho poderia acrescentar 0,2 a 3,3 pontos percentuais por ano ao crescimento da produtividade». No entanto, a consultora alerta para o facto de os trabalhadores precisarem de apoio para aprender novas competências, sendo que alguns mudarão de profissão: «Se as transições dos trabalhadores e outros riscos puderem ser geridos, a IA generativa poderá contribuir substancialmente para o crescimento económico e apoiar um mundo mais sustentável e inclusivo».