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Salário, benefícios e equilíbrio entre a vida e o trabalho são os maiores factores de atracção e retenção dos profissionais de TIC

Um estudo da Randstad sobre os trabalhadores da área de tecnologias de informação e comunicação revela que o salário e benefícios ainda é o principal motivo para atrair e reter o talento na Europa, mas também um pouco por todo o mundo.

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O estudo ‘Sector Report Employer Brand Research 2023’, relativo às TIC, mostra que as necessidades da maioria dos profissionais são bastante semelhantes às dos trabalhadores de outras áreas de actividade. Segundo a Randstad, o talento tecnológico, a nível global, valoriza o salário e benefícios, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, progressão na carreira, a segurança do trabalho, a saúde financeira do empregador e um bom ambiente de trabalho. Na Europa, os factores mais importantes para a atracção e retenção do talento são o salário e benefícios; o equilíbrio entre a vida e o trabalho; e um bom ambiente de trabalho. Já na América Latina, é a progressão na carreira que ocupa o segundo lugar. Por outro lado, na América do Norte, o equilíbrio entre a vida e o trabalho é o que mais importa, seguido da remuneração e da segurança. Por fim, na região da Ásia-Pacífico (APAC), o mais valorizado é a segurança a longo prazo do emprego, seguido do salário; em terceiro, está o equilíbrio entre a vida familiar e profissional.

De acordo com este estudo, o facto de as empresas não corresponderem a estas expectativas dos colaboradores fez com que um em cada sete profissionais (13%) tenha trocado de empregado no segundo semestre de 2022 e que um quarto dos entrevistados (27%) tenham planos para fazê-lo em 2023.

O medo de perder o emprego
Apesar da escassez de talento nas TIC, o facto de grandes tecnológicas terem, recentemente, feito despedimentos de grande monta (amplamente divulgados) faz com que os profissionais receiem perder o emprego, em especial nas economias menos desenvolvidas. Assim, globalmente, 18% dos profissionais de TIC temem serem despedidos; na América Latina, este número sobe para 31%; e, na APAC, para 21%. Já na Europa, esta percentagem é mais reduzida (14%), assim como na América do Norte (11%).

Por outro lado, o estudo revela que o trabalho híbrido está a crescer e o totalmente remoto a diminuir em todas as regiões. O trabalho remoto em todo o mundo, no sector das TIC, era, em 2021, 34%, tendo baixado para 24%, em 2022 e para 12%, em 2023. Na Europa, 40% trabalhava num modelo totalmente remoto, valor que diminui para 27% no ano passado e para 14%, este ano. Isto é algo que também aconteceu nas outras áreas analisadas pelo relatório. Além disso, à medida que isto aconteceu, registou-se um aumento progressivo do número de trabalhadores em formato híbrido, a nível global e regional.

Finalmente, de acordo com a Randstad, o teletrabalho passou a desempenhar um papel menos importante no que os profissionais consideram essencial para o equilíbrio entre a vida profissional e familiar, em relação ao estudo do ano passado.