A Autodoc, que comemora este ano o seu 15.º aniversário, abriu um tech hub em Portugal e passa, assim, a ter presença física em oito países europeus. A co-CEO da retalhista online de peças e acessórios para veículos, Sandra Dax, explicou que as vendas da Autodoc, em 2022, «cresceram mais de 8% em relação ao ano anterior, apesar das dificuldades» e que «ultrapassaram 1,1 mil milhões de euros». A responsável revelou ainda que as perspectivas para 2023 são animadoras: em Março, as receitas «subiram 17% em relação ao período homólogo». Sandra Dax salientou ainda que a empresa escolheu Portugal porque é um «óptimo lugar para arranjar talento» e porque têm «universidades de qualidade».
Já Dmitry Zadorojnii, o outro co-CEO da Autodoc, sublinhou que, além disso, Lisboa é uma «cidade agradável e em franco crescimento no sector tecnológico», o que «atrai profissionais de todo o mundo», critérios que foram importantes no momento da escolha: «Encontrámos a combinação perfeita entre talento local e global para continuar a desenvolver os nossos produtos, optimizar processos e impulsionar o nosso crescimento».
Sandra Dax destacou também os planos da empresa: «Estamos aqui para ficar. Queremos escrever a história da Autodoc em conjunto com Portugal». Mas os objectivos não se ficam por aqui, como referiu Dmitry Zadorojnii: «O nosso compromisso é tornar Portugal o nosso maior hub tecnológico. Estamos certamente a considerar expandir a nossa presença, no futuro. Consideramos a abertura de uma localização em Lisboa como o nosso primeiro passo».
Recrutamento a decorrer
O co-CEO referiu à businessIT que a empresa tem como estratégia «desenvolver rápido e falhar rápido» para conseguir «inovar com a maior rapidez possível». O tech hub nacional será um pólo de desenvolvimento de «soluções modulares, provas de conceito», além de servir para «modernizar a plataforma, usando novas tecnologias e linguagens de programação, como por exemplo React».
No centro tecnológico de Oeiras, a Autodoc conta com mais de cem colaboradores; a «maioria está ligada ao apoio ao cliente, já que este tipo de talento é o «mais fácil de atrair», em oposição ao tech, que é «mais complicado», disse o responsável. Sandra Dax lembrou que a operação em Portugal serve também como «espaço seguro para relocalizar os profissionais da empresa que trabalham na Ucrânia» e que a empresa já trouxe «vinte profissionais e as suas famílias para Portugal».
Neste momento, há «57 vagas em aberto» e a estratégia passa por contratar «duzentas pessoas», até ao final do ano. «É este o compromisso», sublinhou a co-CEO desta empresa. Na área tecnológica, a Autodoc está à procura de diversos perfis, entre os quais «engenheiros e arquitectos de software, DevOps, analistas e cientistas de dados».
O escritório do Lagoas Park tem capacidade para 75 pessoas e expansível até cem; o modelo de trabalho adoptado é o híbrido, o que pressupõe que nem sempre toda a equipa esteja nas instalações.
