Reportagem

CHRLY quer mudar a forma como se olha o talento e trazer mais inovação às empresas

A multinacional anunciou a sua primeira corporate startup, através da qual quer ir «mais além» no que diz respeito ao talento tech, fomentar o intraempreendedorismo e a inovação.

Inovação deve ser colaborativa
No debate ‘Intraempreendedorismo e Inovação: o Papel do Tech Talent’, Ana Casaca, global head of innovation da Galp, esclareceu que é necessária uma «cultura de inovação aberta para testar novas soluções e acelerar o desenvolvimento das tecnologias que são necessárias para a descarbonizar o planeta». Por outro lado, referiu que vai ser preciso «dar competências às pessoas para fazer parte desta nova economia».
Já José Ferrari Carreto, CEO da E-Redes, disse que as empresas «devem ter humildade para se abrirem ao exterior e terem uma cultura de inovação aberta». O responsável sublinhou o facto de que, por vezes, é «preciso perceber-se que o conhecimento existente dentro da organização não é suficiente» e que é necessário «fazer pontes com o exterior e não ter medo de falhar». A directora-geral de TI da Fidelidade, Teresa Rosas, sublinhou a importância de ter «pessoas diferentes a trabalhar nas equipas» já que a «colaboração e a aprendizagem mútua são peças fundamentais para a inovar».

Portugal deve ser um País que tem «um ambiente favorável à inovação e em que startups se desenvolvam» referiu António Dias Martins, director executivo da Startup Portugal. O responsável disse que «é necessário olhar para o que outros estão a fazer, desenvolver a inovação colaborativa e facilitar a vida aos empreendedores através de um bom ambiente regulatório».

Reter o talento
Pedro Oliveira, dean da Nova School of Business and Economics, representou, no debate, o lado da academia e de quem «forma o talento». O responsável indicou que os métodos de ensino «têm de ser repensados» e explicou que «o empreendedorismo é uma excelente plataforma para se ensinar». A universidade está, assim, a usar a metodologia «project based learning», em que os alunos «desenvolvem projectos para ajudar as empresas a resolver os desafios que estão a enfrentar». A Nova SBE já fez «250 projectos ligados ao empreendedorismo» e, assim, «treinou talento para inovar». Além disso, tem diversos Knowledge Centers como o dedicado a open & user innovation, para ajudar a «criar novo conhecimento».

O docente terminou com uma mensagem dirigida a todas as instituições de ensino superior: «As empresas precisam de talento para crescer e conseguirem ser mais competitivas a nível internacional; as universidades têm de estudar para ajudar as organizações a saberem como reterem os seus colaboradores».