O centro da TechOf, no Parque das Nações, terá formações de reskilling (reajustar as competências dos formandos para exercerem uma nova actividade profissional) e upskilling, (aumentar conhecimentos dentro da actual profissão). Inicialmente, a iniciativa vai contar com cinco cursos: front-end e full-stack developer, UX/UI designer, data analyst e digital marketing specialist; todos em regime pós-laboral e com durações que variam dos seis a nove meses. De acordo com Nuno Rosado (na foto), CEO da TechOf, a criação do centro surge porque há «forte procura de profissionais especializados nas áreas tecnológicas» e uma «oferta deficitária, tanto em quantidade como em qualidade», quer em Portugal, quer na Europa, quer no resto do mundo.
Em 2023, os cursos serão em formato presencial, uma vez que a ideia é «promover o encontro entre alunos e as empresas parceiras interessadas em participar na sua formação e futura integração nas suas equipas», explica Nuno Rosado. Além disso, o responsável diz que a TechOf está «empenhada em estabelecer parcerias com organizações de diversos sectores» para organizar «actividades, workshops, talks, entre outros formatos», quer no centro, quer online. Contudo, no futuro, o CEO não descarta outras opções: «Vamos ponderar a abertura de cursos 100% remotos, a possibilidade de abrir um segundo centro no Porto e também o lançamento de novos cursos como cibersegurança ou gestão de projectos. A abertura destes, ou de novos programas de especialização, poderá depender também da procura por soluções de upskilling por parte de clientes empresariais, com necessidades de formação específicas para as suas equipas».
Método de ensino inovador
Os cursos do centro de formação estão em processo de acreditação pela DGERT e, para serem reconhecidos no Sistema SIGO, vão utilizar o método J.E.T. Design da empresa Wawiwa. O responsável da TechOf revela que esta metodologia, que será exclusiva oara a empresa, em Portugal, foi «desenvolvida no exército israelita e criada por profissionais com «décadas de experiência na requalificação de pessoas sem qualquer experiência em tech para empregos nas áreas das novas tecnologias de informação e comunicação».
Sobre o motivo que levou à escolha do método da organização israelita, Nuno Rosado esclarece que o J.E.T. Design foi o ponto de partida «para criar uma solução de formação eficaz e diferenciadora no mercado português», já que tem «provas dadas noutros países nos quais formou mais de cinquenta mil alunos com excelentes resultados de empregabilidade».
O CEO destaca ainda que o objectivo é que os alunos saiam do centro «prontos a entrar no mercado de trabalho» e que, para isso, «todos os cursos vão ter, desde o primeiro dia, aulas práticas em que desde logo se terá contacto com o mundo real do trabalho». A TechOf quer formar quinhentos alunos no primeiro ano de actividade e ter uma taxa de empregabilidade de 100%.
