A Accenture promoveu um relatório em que reuniu respostas de mais de 1500 CEO e líderes de negócio de todo o mundo, de diversas áreas de actividade, e onde foram definidos três tipos de empresas, consoante o seu grau de transformação para lidar com o pós-pandemia e a crise económica. A maioria (86%) concentra-se na transformação parcial do negócio e não a trata como um processo contínuo. Estas organizações são designadas pela Accenture como ‘Transformers’; do relatório fazem ainda parte as ‘Otimizers’ (6%), que fazem transformações de âmbito limitado e não vêem a tecnologia como um enabler para crescerem. Nos antípodas estão 8% das empresas, as ‘Reinventors’, cuja transformação é transversal e com base na tecnologia. A consultora conclui que estas organizações têm «benefícios financeiros claros, com um crescimento de receitas de 10% e melhorias na redução de custos em 13% em relação às ‘Transformers’» e que o «impacto total desta estratégia será sentido dentro de três anos». Julie Sweet, presidente e CEO da Accenture, revela que estes CEO estão a «transformar cada parte da sua empresa para conseguir melhores resultados financeiros, inovação, maior resiliência e criar mais valor para todos os stakeholders».
Reinvenção através da tecnologia
O estudo mostra ainda que 75% dos inquiridos concordaram com o facto de que o ritmo da inovação tecnológica, a mudança das preferências dos consumidores e as alterações climáticas vão acelerar ainda mais o seu investimento na transformação digital. No centro da estratégia de reinvenção está a tecnologia: cloud, inteligência artificial e automação/conectividade vão ser os alvos das apostas. Já no que se refere a tecnologias emergentes, os investimentos serão feitos nas áreas de computação e inteligência de próxima geração, metaverso e Web3 (ver gráfico).
A Accenture indica ainda o que as empresas podem fazer para se tornarem ‘Reinventors’ e terem a reinvenção como estratégia para continuarem a crescer. Estas organizações devem, assim, entre outros processos, «aproveitar o poder da cloud, dos dados e da IA através de um conjunto inter
operável de sistemas em toda a empresa que permita o rápido desenvolvimento de novas capacidades», considerar a «gestão da mudança uma competência central» e «quebrar os silos organizacionais».