A Sage lançou um estudo em que prevê o comportamento das PME até 2025 tendo em conta o comportamento desta parte do tecido empresarial nos últimos dezoito anos.
O relatório ‘SMBs Driving Economic Recovery’, realizado em em conjunto com o The Centre for Economics and Busines Research, revela que as pequenas e médias empresas «têm vindo a tornar-se cada vez mais resilientes e vão continuar a contribuir significativamente para a economia global e nacional nos próximos três anos».
Segundo a Sage, que inquiriu empresas na Alemanha, Canadá, Espanha, EUA, França, Irlanda, Portugal e Reino Unido, até 2025, o número de PME vai aumentar 1,7% todos os anos nestes mercados. Em Portugal, a previsão é de que existam mais 22 mil pequenas e médias empresas dentro de três anos, ou seja, cheguem às 917 mil.
Já ao nível do contributo financeiro, as PME nacionais vão contribuir com 73 mil milhões para a economia nacionaçaté 2025, «representando quase 70% do valor acrescentado bruto das empresas no País», diz a tecnológica.
Ao analisar a história das PME europeias é possível perceber que alguns países se destacam em relação a outros: «a Alemanha teve um desempenho de destaque durante o período pós-crise de 2007 a 2009, com o crescimento sustentado no emprego e contribuição económica das PME para a economia; Já em Portugal, as pequenas e médias empresas não foram tão dinâmicas com o número e o emprego a cair.
A Sage indica que «esta disparidade parece fortemente ligada à digitalização, e dados da Eurostat mostram que Portugal está significativamente abaixo da média da UE neste âmbito». No entanto, este cenário está a mudar em 2015 foram criadas 17% das empresas do sector de TI em território nacional.
José Luis Martín Zabala, managing director da Sage Iberia, explica o motivo do estudo: «Num contexto económico extremamente desafiante, quisemos quantificar a importância das PME para a recuperação das economias. Apesar de o crescimento projectado para as PME ser um sinal positivo, a concretização desta previsão requer um esforço coletivo entre governos e empresas de todas as dimensões».
O responsável salienta ainda que é «fundamental aumentar os esforços para assegurar que cada PME conta com as melhores soluções digitais disponíveis, fácil acesso a financiamento, recursos e infraestruturas para permitir um futuro de sucesso. O crescimento das PME não acontecerá por osmose; elas precisam de apoio contínuo para assegurar a resiliência empresarial num período de crise económica».