A falta de formação sobre como manter uma boa higiene cibernética é a falha mais comum que esta especialista encontra nas empresas, seguida muito de perto pelas falhas no hardware: «Antes da pandemia, não era uma prática comum das empresas fazerem a actualização dos seus dispositivos, o que comportava um risco, pois o avanço contínuo da tecnologia implica uma melhoria de como o hardware pode fazer frente aos ataques». Maite Ramos diz que esta é uma área a que as empresas «se têm dedicado cada vez mais», reconhecendo a importância da segurança, não só através do software, mas também do hardware.
Apesar de tudo, a executiva admite que as empresas portuguesas continuam atrasadas quando comparadas com estruturas de outros países europeus. «Durante muito tempo, não foi dada importância às questões de actualização dos dispositivos e dos softwares que as empresas utilizavam, muito devido à falta de locação de recursos, quer financeiros, quer humanos». A pandemia obrigou as empresas a olharem de uma outra forma para estas questões e, gradualmente, as empresas portuguesas estão a conseguir recuperar e a acompanhar empresas de outros mercados. Afinal, algum efeito positivo a pandemia haveria de ter.