A Morphis Technologies é uma empresa que se dedica à modernização de aplicações e sistemas de TI legados. Luís Andrade, fundador e CEO da tecnológica, explicou que a empresa faz «análise de código há já alguns anos» e que, com base nessa experiência, decidiu criar o K.Explorer. O responsável revelou que a IA é «usada em muitas áreas diferentes e ajuda profissionais de sectores como a saúde, dos transportes, da indústria»; agora, o responsável lembra que «estava na altura de ajudar quem cria código».
Segundo a empresa, na maior parte do tempo, os developers «fazem código repetitivo», um processo que passa a ter ajuda de um sistema de IA que «interage com os mesmo em linguagem natural, de momento apenas em inglês». Luís Andrade esclareceu à businessIT como funciona o K.Explorer: «É um motor de busca, uma espécie de Google onde o programador pode procurar como fazer determinada coisa e lhe é sugerido o código que mais se adequa a essa função ou problema, em forma de ranking e em termos de match com o que é pretendido».
Para já, a ferramenta de code assistance funciona com as linguagens JAVA, C#, Javascript e Typescript e é a «primeira ferramenta do género desenvolvida em Portugal» e «uma das primeiras a ser comercialmente lançada no mundo». O K.Explorer demorou cerca de um ano a ser desenvolvido e correspondeu a um investimento de dois milhões de euros.
Três versões e muitas vantagens
Luís Andrade, sublinhou as mais-valias que o K.Explorer pode trazer às organizações e aos developers. Por um lado, «aumenta a produtividade», já que é «um acelerador ortográfico/sintático, ou seja, da escrita, como a funcionalidade de escrita inteligente existente nos smartphones ou no Gmail; por outro, «o código que está na ferramenta é testado, uniforme e seguro, que está em produção, o que reduz os bugs». João Nuno Moita, director comercial da Morphis Technologies, destacou ainda que a ferramenta foi também «pensada para o mercado empresarial», já que «pode ser treinada para aprender o código de uma determinada organização, de forma a sugerir um código que já funciona nessa empresa».
O CEO da tecnológica nacional realçou que o valor desta ferramenta «não está em escrever código de forma mais rápida, mas sim, melhor – este é o «valor acrescentado» do K.Explorer. Tudo isto ajuda no «time-to-market» das soluções /aplicações e pode contribuir para mitigar o «problema nacional e global da escassez talento qualificado em TI».
A ferramenta da tecnológica nacional está disponível em três versões: a ‘community’, uma versão free que permite que qualquer utilizador possa usar a ferramenta para pesquisar código público; a ‘professional’, constituída pelo modo pesquisa e pelo modo code assist; e a ‘enterprise’, destinada a organizações que pretendam treinar o K.Explorer com o seu próprio código.
