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Kyndryl mostra como a automação ajuda a melhorar as operações das empresas

A Kyndryl organizou um pequeno-almoço executivo, em Lisboa, para dar a conhecer a empresa e partilhar a sua experiência da utilização da plataforma de automação da Red Hat. A businessIT esteve presente, em exclusivo, neste evento da spin-off da IBM.

José Manuel Paraíso, country leader da Kyndryl Portugal.

A Kyndryl está a comemorar um ano de vida e a fazer uma série de eventos para estar mais perto dos clientes. A tecnológica é «líder no desenho, construção, gestão e modernização dos sistemas de missão crítica de que o mundo depende diariamente», explicou João Carvalho, head of sales, business development & alliances da subsidiária nacional da empresa. O responsável salientou que a separação da IBM trouxe benefícios, já que agora a Kyndryl trabalha com as «diferentes tecnologias existentes», o que permite ter um mercado «endereçável muito maior» e uma posição mais agnóstica para resolver os problemas dos clientes e ajudá-los a alcançar os seus objectivos de transição digital».

A operação da spin-off está dividida em «seis práticas» (core enterprise; cloud; application, data and AI; digital workplace, segurança/resiliência; e redes/edge), com clientes no «sector financeiro, seguros e utilities e telecomunicações». João Carvalho destacou que oito dos dez maiores bancos ibéricos usam os serviços da tecnológica e que a empresa geriu 320 mil alarmes de incidentes, em 2021. Destes, apenas 4% tiverem intervenção manual – 60% foram resolvidos automaticamente e 36% por auto-diagnóstico.

João Carvalho esclareceu ainda como é que estes valores foram alcançados: «Houve uma transformação enorme naquilo que são os nossos processos de gestão de operação e que agora são feitos com a plataforma Ansible, da Red Hat». Eduardo Penedos, responsável da área de telecomunicações desta empresa de open source, apontou os benefícios da automação na «gestão e retenção de talento» – entre estes, o facto de os colaboradores terem «mais tempo para fazerem trabalho de maior valor». Isto foi confirmado por Nuno Rios, automation leader da Kyndryl Portugal, que lembrou um exemplo concreto: «Ao usar a tecnologia da Red Hat, o tempo de criação de um servidor para um cliente é reduzido de uma média de cinco dias para uma hora. Isto liberta o colaborador para outras tarefas e reduz o time-to-market».

João Carvalho, head of sales, business development & alliances da Kyndryl Portugal.

Um início positivo
A Kyndryl tornou-se uma empresa independente, cotada na bolsa de valores de Nova Iorque, a 4 de Novembro de 2021. José Manuel Paraíso, country leader da Kyndryl Portugal, revelou à businessIT, que esta tem sido uma jornada com um balanço «bastante positivo» e com um «futuro muito promissor». O responsável esclareceu ainda que a independência face à IBM trouxe, além das mais-valias referidas por João Carvalho, a possibilidade de «aumentar os investimentos em tecnologia e serviços de última geração» para «acelerar a inovação dos clientes». José Manuel Paraíso sublinhou ainda que as vantagens competitivas da Kyndryl estão assentes em diversos pilares: «Nas nossas pessoas, nas competências individuais e de equipa, na vasta experiência e na propriedade intelectual. Sabemos que 96% dos nossos colaboradores adquirem novas competências anualmente, para se prepararem e antecipar futuras oportunidades e pedidos dos nossos clientes».

Sobre a estratégia para o mercado nacional, o responsável diz que passa pelo «crescimento em conjunto com os clientes» e que o objectivo é continuarem a ser o «parceiro tecnológico que os acompanha nas suas transformações digitais». José Manuel Paraíso esclareceu que a Kyndryl quer «trabalhar de muito perto» com as empresas nacionais «disponibilizando serviços end-to-end», para que a empresa se possa «focar em oferecer os produtos e serviços que os clientes merecem», com a «agilidade e flexibilidade que os modelos de negócio hoje exigem».

A Kyndryl tem mais de cem clientes, 1200 colaboradores, cinco delivery centers (Porto, Viseu, Tomar, Portalegre e Lisboa) e três data centers em Portugal.