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A Tecnologia e a Banca. As Inovações que Estão a Permitir Digitalizar o Sector

Navegar na internet já não é uma atividade tão inocente como era há 20 anos e por isso, são cada vez mais as tecnologias que surgem para proteger os consumidores nas suas transações bancárias.

A pandemia veio dar um grande empurrão ao que diz respeito à digitalização de processos e, na banca, não foi excepção. Isto aliado ao investimento que tem acontecido nos últimos anos em projectos de fintech, permitiu ao setor bancário oferecer cada vez mais segurança nas transações efetuadas através das apps e homebanking, seja a fazer pagamentos, consultar movimentos ou até, efectuar pedidos de crédito.

Muitos dos processos que hoje realizamos através do banco online são apenas possíveis devido a medidas digitais que protegem o nosso acesso. Se assim não fosse, acções tão simples como consultar um extracto poderiam tornar-se numa porta de entrada para roubo de dados pessoais.

Com todas estas inovações à disposição, o sector bancário é cada vez mais seguro no tipo de serviços que oferece online, aos seus clientes. Ainda que continue a ser necessário fornecer dados pessoais, é cada vez mais cómodo executar tarefas que até então tinham de ser feitas presencialmente como, a título de exemplo, recorrer a um simulador crédito pessoal, efectuar um pagamento ou realizar uma transferência.

Mas quais são afinal essas inovações digitais? No artigo de hoje iremos destacar três das principais tecnologias que protegem os seus serviços bancários online.

Inteligência Artificial

Muito se tem ouvido falar em Inteligência Artificial nos últimos anos, e a verdade é que toda a atenção é merecida, pois esta tecnologia está a definir o futuro de variadíssimas áreas.

O Parlamento Europeu define Inteligência Artificial como a capacidade que uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas como é o caso do raciocínio, a aprendizagem, o planeamento e a criatividade.

Entre as várias capacidades da IA, destaca-se a de processamento de quantidades massivas de dados e algoritmos, o que consequentemente tem contribuído em larga escala para a transformação digital do sector bancário.

No sector da banca, o uso de IA é visível especialmente ao nível da cibersegurança onde permite reconhecer ataques e ameaças cibernéticas a bases de clientes.

3D Secure

O 3D Secure é um protocolo desenhado para a segurança nas compras através da internet principalmente quando efetuadas com cartão de crédito. Tem como principal objectivo comprovar que o cartão está a ser utilizado para pagamento pelo seu legítimo titular, eliminando quaisquer suspeitas de utilização fraudulenta.

Com o 3D Secure, ao fazer um pagamento num site seguro, é possível usar os dados reais do cartão e, para tal, precisa apenas do código de validação que lhe será enviado por SMS, para o número de telefone que tenha registado na sua entidade bancária.

A maior parte das instituições que disponibilizam cartões aos seus clientes já possuem este serviço, mas se não for o seu caso, é possível solicitá-lo.

Autenticação Forte

A partir de Setembro de 2019, entraram em vigor em vários países da União Europeia novas regras para a regulação de serviços bancários.

Os bancos e outros prestadores de serviços de pagamentos, são hoje em dia obrigados a manter um sistema de autenticação forte quando os seus clientes acedem à sua conta online; realizam um pagamento ou procedem a qualquer outra ação que possa constituir um perigo de fraude.

Com a autenticação forte, os bancos e outras entidades bancárias irão solicitar aos clientes, pelo menos duas formas de segurança distintas, entre as seguintes categorias:

  • Conhecimento – algo que apenas o cliente sabe (uma palavra-passe);
  • Inerência – algo que identifique unicamente o cliente (uma impressão digital);
  • Posse – algo que só o cliente possui (o telemóvel para o qual pode ser enviado um código através de SMS – tal como acontece com o 3D Secure);

Quaisquer que sejam os elementos solicitados, estes deverão sempre pertencer a categorias distintas.

É frequente a utilização desta forma de autenticação em operações como pagamentos através da aplicação bancária ou pedidos de crédito em homebanking, por exemplo.

Duas das combinações mais utilizadas hoje em dia para garantir a autenticidade da identificação de cada cliente são:

  • utilização de palavra-passe juntamente com código enviado por SMS;
  • utilização de identificação facial ou impressão digital com código enviado para o telemóvel;

Podemos assim concluir que a tecnologia protege o nosso dia-a-dia de formas que, até há uns anos, só existiam nos nossos sonhos.