A Oracle juntou-se à Savanta Research e a Pamela Rucker (consultora e professora do programa ‘Professional Development’ de Harvard) para fazer um estudo sobre o papel das empresas e da tecnologia na sustentabilidade. O No Planet B, que inquiriu mais de onze mil consumidores e líderes empresarias de quinze países, mostra que a tecnologia «pode ajudar as empresas a obter êxito onde os humanos falharam» em relação às questões ambientais e sociais (ESG). Segundo o relatório, 93% dos participantes indica que a sustentabilidade é mais importante que nunca e 45% diz que as empresas podem fazer mudanças mais significativas nesta área que as pessoas sozinhas ou os governos.
Por outro lado, a maioria dos líderes empresariais (88%) acredita que as organizações que utilizam a tecnologia para ajudar a impulsionar a sustentabilidade e as questões sociais serão as que terão sucesso a longo prazo; 92% dizem que os programas de sustentabilidade e ESG são fundamentais para o sucesso das organizações. Além disso, 94% dos inquiridos querem a ajuda da tecnologia nas áreas de ESG, mais especificamente na verificação de dados (48%), na recolha automática de dados de todas as áreas de negócio (47%), no planeamento e revisão de objectivos com base no desempenho (44%) e na automatização de relatórios e análises (44%).
De acordo com o estudo, se as organizações pudessem demonstrar claramente o progresso que estão a fazer em questões ambientais e sociais, as pessoas estariam mais dispostas a pagar mais por produtos e serviços (87%), a investir (83%) e trabalhar nessas empresas (83%).
Uma combinação de bots e humanos
No estudo da Oracle, os bots de inteligência artificial são vistos como uma das possíveis tecnologias que podem ajudar as empresas a serem mais sustentáveis e a criar um mundo melhor. Assim, 93% dos responsáveis de negócio confiariam mais num bot que num humano, para tomar decisões relacionadas com a sustentabilidade. Os líderes empresariais acreditam que os bots são melhores a recolher dados sem erros (43%), a tomar decisões imparciais (42%), e a prever resultados futuros com base em métricas/desempenho prévio (41%). Na verdade, 96% dos líderes entrevistados admitem que o enviesamento humano e os sentimentos muitas vezes desviam o foco do objectivo da sustentabilidade, mas que os humanos ainda têm um papel importante, uma vez que são melhores em determinadas situações.
Em particular, os responsáveis inquiridos dizem que os humanos ainda são fundamentais para implementar mudanças com base no feedback dos colaboradores, clientes e consumidores (48%), a orientar outras pessoas sobre as informações necessárias para tomar decisões (46%) e em tomar decisões estratégicas informadas pelo contexto (42%). Juergen Lindner, vice-presidente sénior e CMO, global marketing SaaS da Oracle, explica que os líderes empresariais «entendem a importância, mas muitas vezes têm a suposição errada de que precisam de escolher entre o lucro e a sustentabilidade». O responsável acrescenta que a tecnologia que «pode eliminar todos os obstáculos das iniciativas de ESG já está disponível», e que as organizações que fizerem isso de forma correcta «podem não apenas apoiar as comunidades e o meio ambiente, mas também obter ganhos significativos de receita, economia de custos e outros benefícios que impactam o resultado final».