A Check Point Research deixou um alerta para o aumento dos ciberataques às organizações do sector educativo, em Julho, esta indústria integra o top 3 das mais atacadas.
Segundo a área de de threat intelligence empresa de cibersegurança, a educação foi o sector mais afectado com uma média de 1739 ataques semanais por organização, um aumento de 29 pontos percentuais em relação à primeira metade de 2021. Em Portugal, durante o mês de Julho, o número de ataques semanais por organização aumentou 36%, totalizando uma média de 3036 ataques.
Portugal é o sexto país mais visado, com a Índia (5196 ataques semanais), a Itália (5016), Israel (4011), a Austrália (3934) e a Turquia (3679) a antecederem o nosso país. A Itália é mesmo a nação em que ciberataques mais cresceram: um aumento de 70% face à primeira metade de 2021.
Rui Duro, country manager da Check Point Software Technologies em Portugal explica esta tendência: «Os cibercriminosos estão a procurar capitalizar o regresso às aulas. Os nossos dados mostram que o sector educativo foi significativamente mais atacado que qualquer uma das outras indústrias no mês de Julho. Escolas, universidades e instituições de investigação são alvos atractivos para os atacantes, uma vez que dispõem muitas vezes de poucos recursos, no que respeita a cibersegurança. Toda a conjuntura dos últimos meses, marcada pela rápida mudança entre diferentes modelos de aprendizagem, veio agravar os riscos de segurança. Com tantos estudantes a ligarem-se às plataformas através de redes caseiras e dispositivos pessoais, o regresso às aulas trará consigo um conjunto de novas ameaças que é necessário acautelar».