A Feedzai anunciou a compra da Revelock, empresa espanhola que desenvolveu uma plataforma biométrica comportamental que permite que «instituições financeiras e comerciantes em todo o mundo detectem e previnam crimes financeiros antes que eles ocorram».
Com a aquisição, o unicórnio nacional cria uma «rede de inteligência financeira», uma espécie de cofre «com mais de um trilião de pontos de dados, sessões e perfis de utilizadores» e reforça a estratégia de ter «a plataforma mais abrangente de gestão de risco financeiro do mundo».
A tecnologia Revelock melhora os recursos existentes da Feedzai, fornecendo uma solução de identidade digital robusta que usa análises comportamentais, alimentadas por deep learning e origina uma solução de gestão de risco end-to-end para prevenção, detecção, remediação e compliance.
Nuno Sebastião (na foto), CEO da Feedzai, explica o plano da empresa: « O nosso objetivo sempre foi tornar o comércio digital seguro para todos. Adicionar a tecnologia da Revelock ao arsenal dos nossos clientes muda o paradigma. A Feedzai já assegurava as transações em tempo real, agora estamos a falar de actuar na fase pré-transacção, onde é possível efetivamente prever e prevenir um crime financeiro antes mesmo que aconteça».
Já Pablo de la Riva, CEO da Revelock, revela como a tecnologia funciona para prevenir a fraude: «Com os nossos perfis hipergranulares totalmente anónimos, somos capazes de detectar as mudanças mais subtis no comportamento do utilizador. Utilizamos, por exemplo, diferenças que encontramos na forma como alguém segura o telefone, a rapidez com que navega numa aplicação bancária ou a forma como digita a sua palavra passe e prevemos se uma determinada sessão é ou não confiável».
O responsável mostra-se satisfeito com o negócio: «Estamos muito entusiasmados por ver a nossa tecnologia atingir todo o seu potencial quando combinada com a experiência da Feedzai na área da inteligência artificial. A combinação das nossas tecnologias vai, sem dúvida, ultrapassar os limites do que pode ser feito para proteger o comércio moderno».