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A revolução dos dados

A transformação digital, impulsionada pela pandemia, trouxe novas e grandes necessidades ao mercado de armazenamento. Para terem sucesso, as empresas têm de usar os dados para aumentar a eficiência, aumentar o lucro e desenvolver uma vantagem competitiva estratégica.

Taylor Vick/Unsplash

Sector empresarial com marcas profundas
Se há uma área onde a crise global da pandemia deixou uma marca mais profunda, foi no sector empresarial. Para Fernando Egido, country manager da Infinidat para Portugal e Espanha, muitas empresas ainda estão a tentar recuperar do golpe de ter que reinventar as suas infra-estruturas em tempo recorde, inicialmente destinadas a poucos colaboradores, para abranger de repente toda uma força de trabalho. «As soluções de protecção e gestão de dados tornaram-se, assim, numa peça fundamental para esta migração urgente, pois, por um lado, os dados crescem exponencialmente e, por outro, passam a circular de forma massiva».

O executivo defende que, embora a cloud permita o acesso instantâneo às infra-estruturas, sem se ter de passar por longos e dispendiosos processos de ‘procurement’, a verdade é que isto representa um custo superior e, além disso, é geralmente processado como custos operativos (OpEx). «Muitas organizações continuam a optar pelo investimento em capital (CapEx), o que permite a optimização dos activos do negócio e envolve custos mais pequenos, mas à custa da disponibilidade e flexibilidade que a cloud oferece».

Para Fernando Egido, a solução pode estar na combinação dos dois modelos. A adopção de sistemas flexíveis que combinam os recursos da cloud pública (crescimento instantâneo, pagamento por uso …) com os benefícios da cloud privada (optar por CapEx, OpEx ou ambos com o menor custo), é algo que «será fundamental para os clientes num futuro próximo».

É necessário assegurar a confidencialidade
Para a Nutanix, a chegada da pandemia em 2020 fez com que o modelo de trabalho em muitas empresas e instituições evoluísse rapidamente, com a realização de projectos de digitalização a acontecer em apenas semanas – quando até então podiam demorar anos. «Neste novo contexto de trabalho remoto, a cloud, as políticas de segurança e a gestão de dados passaram sem dúvida a desempenhar um papel estratégico e fundamental para todas as empresas», revelou à businessIT Iván Menéndez, country director Iberia na Nutanix.

Para o responsável, a situação que enfrentamos é o melhor exemplo de como é necessário assegurar que a confidencialidade e a privacidade possam coexistir eficazmente com a segurança. «Dizemos sempre que, em suma, a cloud não é realmente um local ou um destino, mas um modelo de gestão e operações que nos permite responder com agilidade e fiabilidade a prioridade de negócio que cada vez mais são voláteis».

Iván Menéndez diz que a gestão e migração de dados é um dos principais desafios que as empresas enfrentam hoje em dia, uma vez que o volume de informação duplica todos os anos e ter os meios de armazenamento necessários pode tornar-se cada vez mais complexo. «Assim, quando o crescimento é tão exponencial, seguir as regras tradicionais de aquisição de armazenamento é um enorme risco, uma vez que que nunca será suficiente. Como tal, a abordagem tradicional de possuir meios de armazenamento é algo que está a começar a ser seriamente questionado». Daí, diz o responsável, «a tendência crescente que vemos nas bases de dados como um serviço (DBaaS), uma vez que oferecem a flexibilidade de gerir dados e modificar as pesquisas instantaneamente. Além disso, por serem baseados na cloud, a utilização de DBaaS não exige que uma empresa tenha os conhecimentos necessários internamente à espera de fazer quaisquer alterações necessárias».

Iván Menéndez admite que 2021, e talvez 2022, será um ano de contenção de custos em muitos sectores, com os gestores empresariais a valorizarem soluções eficientes num formato pay-per-use. «O compromisso com o que chamamos ‘infra-estrutura digital inteligente’ oferece benefícios importantes, tais como flexibilidade e escalabilidade nas soluções, onde o cliente só paga pelo que usa, com total liberdade de escolha, pois pode sair quando quiser, sem ter de se preocupar com custos de actualização ou manutenção. E tudo isto com a capacidade tecnológica para gerir qualquer cloud, seja pública, privada, híbrida ou multi-cloud».