Migração para cloud é real
A inovação sempre se concentrou em tecnologias inovadoras e novos formatos: 2020 veio reformular esta ideia de forma significativa, num ano em que as pessoas procuraram mudanças nas tecnologias existentes para assim melhorarem a maneira como vivem, trabalham e estudam. «Tendo em conta a ascensão do teletrabalho e a transferência de dinâmicas laborais para o mercado online, conseguimos facilmente perceber que a próxima década será definida por tecnologias mais inteligentes para todos e por inovações e avanços em algumas ferramentas existentes que se tornaram essenciais para a experiência do utilizador» comentou Miguel Silva, DCG sales manager da Lenovo Portugal. Para este responsável, a tendência de migração dos dados para cloud está a acontecer, não só de forma consciente, mas de uma forma inevitável e ponderada. «À medida que as empresas implementam soluções referentes à Internet of Things (IoT) e tecnologias 5G, o aumento de equipamentos conectados provoca uma explosão de dados criados, analisados, armazenados e geridos do limite até ao núcleo. Tendo em conta este aumento exponencial, uma estratégia em cloud bem-sucedida significa pensar em todo o ciclo de vida – desde a migração rápida e segura dos dados até à própria gestão».
A Lenovo acredita que um modelo de nuvem híbrida que permita às organizações escolher onde e quando colocar certos dados e cargas de trabalho entre a nuvem pública, a nuvem privada e o servidor local, lhes dará as ferramentas necessárias para se adaptarem ao tamanho e sector da empresa, além de combinar as vantagens dos dois modelos de nuvem. «Por isso, é apresentado como o modelo de nuvem de negócios-padrão», acredita Miguel Silva. O sales manager da Lenovo Portugal diz que a tecnologia tem sido um «grande aliado» nesta crise, já que muitas profissões conseguiram continuar a exercer o seu trabalho graças ao trabalho remoto: «Isso é possível não só graças à disponibilidade de portáteis e smartphones, mas também a uma poderosa infra-estrutura de rede, armazenamento em nuvem… a pandemia veio trazer diferenças fundamentais no mundo, nomeadamente, com a ascensão do teletrabalho e a transferência de dinâmicas laborais para o mercado online». De facto, no caso do crescimento da transferência e armazenamentos de dados, estes têm levado a que as empresas procurem soluções que permitam dar resposta a esta problemática, «e também por isso a grande procura relativa aos data centres».
PME fazem parte da solução
As grandes empresas estão mais preparadas a curto e médio prazo para enfrentar esta crise global, tendo-se adaptado ao novo cenário em tempo recorde, também as PME, pelo menos no entender da Lenovo, podem fazer parte da solução devido à sua capacidade de se reajustar a novos desafios, novos ambientes de trabalho rapidamente. «Os dados são o petróleo do século XXI. São a base do negócio e a peça-chave das novas tecnologias que estão a ser desenvolvidas, por isso, acreditamos que o investimento não só em data centers, mas em geral em soluções de TI ou infra-estrutura continuará a ser importante, porque dessa forma, as organizações podem garantir ser competitivas diante de um cliente cada vez mais exigente e hiperconectado, que deseja receber informações a qualquer hora e em qualquer lugar». Assim, Miguel Silva define que as prioridades do data center tendem a concentrarem-se na confiabilidade, na gestão e integração de sistemas e nas melhorias das competências das equipas. «Os aspectos mais técnicos, relativos ao consumo e fornecimento de energia, refrigeração e capacidade, também serão prioritários». Neste contexto, segundo a IDC, os desafios do futuro dos data centers são conseguir alinhar-se não só com a crescente procura de gestão da carga de dados, mas também proporcionar segurança, minimizar a latência e garantir eficiência, tendo o edge computing como principal aliado.