A Check Point divulgou recentemente as tendências de ransomware a nível global, em que, entre o início de 2020 e o início de 2021, o número de organizações impactadas por ransomware aumentou 102%.
A empresa salientou ainda que durante o segundo trimestre de 2021, mil organizações foram impactadas por semana por ransomware e que entre os sectores mais atacados estão a saúde (109 ataques/semana, em média), utilities (59 ataques/semana, em média) e jurídico/legal (14 ataques/semana, em média).
A nível geográfico, as regiões mais atacadas são a APAC (51 ataques/semana, em média), América do Norte (29 ataques/semana, em média) e a Europa (14 ataques/semana, em média).
Já em Portugal, comparando os primeiros cinco meses de 2020 e o mesmo período do ano de 2021, sabe-se que o número de organizações impactadas por ransomware duplicou.
Rui Duro, country manager da Check Point Software em Portugal, faz um balanço da situação: «No ano passado, falámos da ‘ciberpandemia’, a denominação que demos à onda de ciberataques que ocorreu durante a pandemia do coronavírus. Agora que a vivemos, sabemos que veio em forma de ransomware, estamos a meio de uma ‘pandemia de ransomware’.
Sobre os recentes ataques à Colonial Pipeline, JBS e Massachusetts Steamship Authority, o responsável diz que é «a prova de que o ransomware não discrimina alvos».
Rui Duro mostra-se preocupado com o crescimento das ameaças de extorsão: «Receio que tenda a piorar, o ransomware é um grande negócio e é sabido que se ganha bem. Quanto mais organizações pagarem estes resgates, mais financiado será o esforço dos hackers para lançar ataques cada vez mais sofisticados. A técnica de tripla extorsão, onde os hackers ameaçam não só os seus alvos, mas também os respectivos clientes e parceiros, é um bom exemplo disso. É seguro dizer que o ransomware é atualmente uma das maiores ameaças que enfrentamos a nível global».