A Gorodata, fundada por Elizabeth Cruz e Miguel Ventura, criou um algoritmo que verifica continuamente milhões de sites, fontes de notícias, plataformas de emprego e outras fontes para extrair os dados relevantes que ajudem as empresas a responderem aos clientes com abordagens comerciais personalizadas.
A CEO e co-fundadora explica que trabalhou «em várias empresas do segmento B2B» e que se apercebeu de que os consultores comerciais vão «mal preparados para as reuniões» e que «não pesquisam sobre os potenciais clientes», o que leva a uma «fraca conversão de leads para negócios fechados».
Para resolver este problema, e dado que existe uma «quantidade enorme de dados na Internet que podem ajudar neste processo», a startup criou uma ferramenta que auxilia as organizações a perceber quando é que estes potenciais clientes estão «mais dispostos a comprar» e que «tipo de produtos ou serviços estão à procura». Assim, a Gorodata encontra os dados e transforma-os em «informação útil e accionável» através de modelos de machine learning que os «estruturaram, processam e analisam», explica Elizabeth Cruz. O objectivo é «revolucionar» a forma como as empresas consomem e utilizam a informação, que é pública, para concretizarem vendas.
Uma solução diferente e para todos
A responsável da startup nacional, que participou no Web Summit 2020, diz que o que fazem é diferente: «Não existe outra solução, no mercado mundial, que identifique sinais de pré-disposição de compra». Além disso, a Gorodata disponibiliza também «notícias sobre empresas já classificadas por temas», o que permite« poupar muito tempo»; a empresa tem ainda uma funcionalidade de tecnografia, ou seja, «informações sobre que tecnologias as empresas utilizam». Os insights da Gorodata podem ser usados «por qualquer empresa do segmento B2B, independentemente do sector de actividade» salienta Elizabeth Cruz, o que a torna numa «solução universal».
Crescer e expandir
Para já, a startup está a trabalhar com empresas nacionais, sobretudo das áreas de consultoria, tecnologias de informação e outsourcing, mas a internacionalização está nos planos: «Portugal foi o nosso primeiro alvo, mas queremos expandir para o Reino Unido, Espanha e Estados Unidos». Antes disso, será preciso aumentar a equipa que, de momento, é composta por três pessoas, como refere a CEO: «Queremos expandir a equipa o quanto antes para fazer face à grande procura que temos. Neste momento estamos à procura de investimento para isso mesmo, para aumentar a equipa».
Sobre o futuro, Elizabeth Cruz não tem dúvidas: além de crescer, a startup quer ganhar uma «boa base de clientes em todo o mundo».