Numa altura de pandemia e da consequente crise financeira, a multinacional de origem alemã quis deixar uma mensagem de confiança ao mercado, aos clientes e parceiros. Alicia Tillman, global CMO da SAP, explicou todas as iniciativas que a tecnológica criou para ajudar as organizações, como a disponibilização das suas «soluções para melhorar as cadeias de abastecimento» e fazer chegar produtos médicos a quem precisa. A responsável salientou que foi «sempre» esta a missão da SAP: «Ajudar o mundo a funcionar melhor e a melhorar a vida das pessoas».
Sobre a transformação do evento para um formato digital, Alicia Tillman realçou o facto de «conseguir ser verdadeiramente global» e de as sessões «serem disponibilizadas em catorze línguas diferentes», uma abrangência nunca antes conseguida nos eventos presencias, uma vez que se organizavam por regiões.
Sustentabilidade e rentabilidade
No primeiro evento como CEO da SAP, Christian Klein conduziu uma keynote dominada por um dos temas que se tornou central para a tecnológica alemã, a empresa inteligente: «O facto de nos termos tornado empresas inteligentes permite-nos alcançar resultados incríveis em todas as dimensões. Podemos gerar resiliência para manter a empresa em tempos desafiantes, podemos gerar lucros com crescimento e maior produtividade, podemos promover a sustentabilidade, reduzindo a pegada de carbono e os desperdícios e mudar para uma economia circular. Como uma empresa inteligente podemos alcançar tudo isto ao mesmo tempo. Podemos aumentar a resiliência e tornar a sustentabilidade lucrativa e a rentabilidade sustentável», revelou.
O CEO pediu a todos os gestores que tornem as suas empresas «resilientes, sustentáveis e rentáveis» para conseguirem «transformar os maiores desafios do mundo nas maiores oportunidades» e salientou que a recente pandemia «é uma crise que vai impactar drasticamente as sociedades e os negócios durante meses, provavelmente até anos» e que por esse motivo a transformação digital «não é mais uma opção, mas uma obrigação».
Inovação traz resiliência
As organizações que «usam tecnologias inovadoras eram mais competitivas antes da crise e são mais resilientes agora», disse Christian Klein. O CEO explicou porquê: «As empresas que implementaram modelos de negócio digitais, automatizaram e adaptaram as suas cadeias de abastecimento estavam mais preparadas para o inesperado. Esta crise mostrou-nos que se não tivermos uma empresa resiliente, ficamos sem nada. Só depois de sermos resilientes é que nos podemos focar na rentabilidade e no lucro. As tecnologias de hoje permitem-nos isso mesmo».
Mas apesar de tudo isto, o CEO da SAP acredita que o maior desafio é o ambiental: «Estamos num ponto de viragem. Não podemos ignorar as alterações climáticas e a contribuição das nossas empresas para esse processo. Se as grandes indústrias, como as utilities, a agricultura e os transportes, usassem mais tecnologia digital para reduzir a sua produção de carbono isso poderia equivaler a um impacto positivo de quinhentos mil milhões de árvores e uma redução de 7,6 de gigatoneladas de CO2. Imaginem se nos uníssemos todos», exaltou.
Christian Klein mostrou ainda por que razão considera que a sustentabilidade e a preocupação com a redução da pegada de carbono deve ser cada vez mais importante: «Hoje, mas ainda mais no futuro, as empresas são avaliadas não apenas pelo seu desempenho financeiro, mas também no seu contributo para a sociedade».
Como ser uma empresa inteligente
O que as organizações devem fazer para se tornarem inteligentes foi também abordado pelo responsável. Para a transformação acontecer, o CEO acredita que tem de «existir empenho de toda a empresa, a começar na liderança» já que «não acontece apenas com uma solução de workflow inteligente ou migrando a estrutura de TI para a cloud», considerando que é aqui que a SAP tem a experiência para ajudar as empresas.
Christian Klein apontou as razões que fazem da multinacional uma boa opção: «A estratégia de produtos tem apenas um objetivo sermos um parceiro inovador e confiável na transformação holística dos negócios. Dedicamos muito tempo aos clientes e a perceber quais são os seus requisitos, desafios e oportunidades. Como resultado evoluímos o nosso conceito de empresa inteligente».
O CEO referiu ainda os três princípios fundamentais para o sucesso de uma empresa: a integração, a inovação e a agilidade/velocidade. «Independentemente do sector ou da dimensão da empresa é fundamental, na era digital, administrá-la facilmente em toda a cadeia de valor. Sem processos de negócios integrados e modelos de dados harmonizados não é possível usar os biliões de dados para oferecer experiências personalizadas aos clientes ou gerir a procura e oferta em tempo real. Já a inovação, que se resume em como aumentar a eficiência, é conseguida através da integração de inteligência artificial em todas as nossas aplicações de negócio para impulsionar a automação de processos e a produtividade. Por último, a agilidade/velocidade consiste em acelerar o retorno no investimento».
Neste caso, Christian Klein referiu que «já não há tempo para implementações de projectos de TI com duração de três anos porque as empresas precisam de reagir rápido num ambiente em constante mudança» e explicou que a SAP fez «alterações e a implementações são mais rápidas assim como os ciclos de versões e inovações» de forma a ajudar as organizações a serem mais inteligentes.
No Sapphire Now foram ainda apresentadas diversas novidades como programa Climate 21 para apoiar os clientes na concretização dos seus objetivos relacionados com o clima, cuja primeira solução é o SAP Product Carbon Footprint Analytics. Esta ferramenta usa dados do SAP S/4HANA e de outras fontes para ajudar a perceber a pegada de carbono de cada produto. O evento serviu ainda de montra para algumas dezenas de casos de empresas que estão a transformar o seu negócio com ajuda da SAP para serem mais resilientes, rentáveis e sustentáveis.