Empreendedorismo

Inteligência artificial para ajudar a procurar casa

A Casafari é uma startup que desenvolveu uma solução para o mercado imobiliário que, com recurso a inteligência artificial (IA), ajuda os profissionais do sector a prestarem um melhor serviço ao cliente.

A Casafari tem como missão «tornar o mercado imobiliário mais eficaz e transparente». Para tal, a startup criou uma plataforma metasearch que «agrega mais de dez milhões de referências de nove mil fontes sobre imóveis dispersos e repetidos por diferentes páginas», explicou, à businessIT, Nils Henning, co-fundador da empresa.

Com a ajuda de IA, a solução consegue «identificar quando se trata do mesmo imóvel e disponibilizar toda a informação sobre o mesmo, e sobre o mercado, num único local, facilitando o trabalho dos profissionais» do sector.

A plataforma, que é «única» no mercado, «fornece acesso a dados mais completos, ajudando os agentes imobiliários a aceder a novos imóveis listados, controlar as reduções de preços, verificar todas as agências que listam uma propriedade e a que preço, e a obter uma análise adequada do preço por metro quadrado e do preço de venda habitual na área».

Por outro lado, permite que as imobiliárias consigam «analisar todas as alterações no seu próprio portfólio feitas pelos concorrentes, bem como as violações de exclusividade», disse o co-fundador.

Aposta em Portugal 
Criada em 2016, a empresa tem agora sede em Lisboa, cidade onde tem crescido e «conquistado cada vez mais clientes». Nils Henning revelou que foi decidido desenvolver a Casafari em Portugal para «tornar o mercado imobiliário português mais eficaz e mais transparente»; o facto de haver «muito talento na área tecnológica» também foi um critério da empresa.

O empreendedor destacou ainda a presença na Startup Lisboa que ajudou «no contacto com outras startups, empreendedores e com o ecossistema português».

Além do mercado nacional, onde a empresa têm mais de três mil agentes mobiliários como utilizadores, a Casafari está também presente em Espanha, mas tem planos de expansão. Brasil, França, Itália, Polónia, Hungria e Roménia são alguns dos países nos quais a startup quer «apostar nos próximos anos», mas sempre com o mesmo objectivo: tornar o mercado imobiliário «mais eficaz e mais transparente». Além disso, Hening referiu que a empresa quer «continuar a atrair e a reter o talento tecnológico e a desenvolver o produto para manter o crescimento de uma forma sustentada».

O Trivago do sector imobiliário 
A ideia para o negócio nasceu após Nils Henning e Mila Suhareva terem tido «dificuldade em comprar casa em Maiorca», uma vez que a mesma propriedade «surgia em diversos sites com áreas diferentes, preços diferentes e até referências de localização diferentes». Assim, os dois alemães decidiram desenvolver uma ferramenta «para mudar o mercado» e «oferecer um motor de busca semelhante ao Trivago».