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Apenas 10% das empresas portuguesas estão na liderança digital

inovação, projectos

De acordo com Indicador de Transformação Digital da Dell Technologies (Indicador DT), que mapeia o progresso da transformação digital de empresas média e grande dimensão, apenas 10% das empresas portuguesas são líderes digitais.

O Indicador DT, elaborado em colaboração com a Intel que inquiriu 4600 gestores em 42 países inclusive em Portugal, tem por base a percepção do desempenho empresarial nas seguintes áreas: disponibilidade de serviços ou produtos core através do digital, a estratégia de TI existente, a estratégia de transformação da força de trabalho e os investimentos planeados.

O estudo revelou que 36% das empresas nacionais acreditam que serão vão conseguir antecipar, de forma disruptiva, as necessidades do mercado e 94% que terão de se esforçar mais para responder aos pedidos dos clientes, dentro de cinco anos.

Além disso, 13% dos líderes nacionais temem que sua organização se torne obsoleta dentro de cinco anos.

O Indicador da Dell Technologies revela ainda que no nosso país, existe ainda um número significativo de empresas cujo percurso para a transformação digital é muito lento ou que ainda não possuem um plano digital.

No que diz respeito às barreiras à transformação digital, a falta de orçamento e recursos, a privacidade de dados e preocupações com a cibersegurança e a cultura digital imatura (falta de alinhamento e colaboração em toda a empresa) são os principais entraves. Segundo a pesquisa, 90% das empresas portuguesas estão a enfrentar grandes impedimentos para a transformação digital ao dia de hoje.

«Já falamos sobre estar à beira de uma tremenda mudança há algum tempo. Mas tal não é mais o caso», confirma Gonçalo Ferreira, General Manager for DellEMC Commercial in Portugal.

«A próxima era digital chegou e já está a mudar a maneira como vivemos, trabalhamos e conduzimos negócios. O que significa que o tempo urge. A transformação genuína precisa acontecer agora e precisa ser radical», acrescenta o executivo.

O estudo indica que as empresas portuguesas estão a tomar medidas para superar as barreiras, juntamente com a ameaça de serem superadas por players mais ágeis e inovadores. Assim, 63% das companhias usam tecnologias digitais para acelerar o desenvolvimento de novos produtos ou serviços; 50% promovem segurança e privacidade em todos os dispositivos, aplicações e algoritmos; 35% esforçam-se para desenvolver internamente conjuntos de competências e conhecimentos adequados e 44% promovem a partilha de conhecimento entre funções.

As empresas também estão a recorrer às tecnologias emergentes e à cibersegurança para potenciar (e proteger) a sua transformação. Os investimentos planeados dentro dos próximos um a três anos são em cibersegurança (59%), multi-cloud (45%), IoT (45%) e inteligência artificial.(32%).

Um número mais reduzido de empresas, mas já significativo, planeia experimentar tecnologias emergentes. 13% das empresas investem actualmente em blockchain, 11% em computação quântica e 25% em realidade virtual (VR)/ realidade aumentada (AR).

«Este é um momento emocionante para fazer florescer um negócio. Estamos num momento crucial – onde a tecnologia, os negócios e a humanidade se cruzam para criar um mundo melhor e mais interligado», refere Gonçalo Ferreira.

«No entanto, apenas as organizações centradas na tecnologia recolherão as recompensas oferecidas por um modelo de negócios digital, incluindo a capacidade de agir rapidamente, automatizar tudo e corresponder às expectativas dos clientes. É por isso que a transformação digital precisa de ser tratada como a prioridade número 1», conclui o responsável.