O mais recente Relatório de Ataques DDoS da empresa de cibersegurança, com resultados do segundo trimestre de 2020, revela que este tipo de ameaça cresceu 217% relativamente ao mesmo período em 2019, aumentando também ligeiramente em comparação com os primeiros meses deste ano.
Estes resultados contradizem as tendências anuais identificadas pelos analistas já que geralmente a quantidade de ataques de negação de serviço varia consoante o período do ano, com os primeiros meses a registarem um maior número de ataques, ou seja, quando há mais actividade empresarial, e a baixar entre o final da Primavera e durante Verão.
Os especialistas da Kaspersky «acreditam que o aumento da actividade maliciosa pode ser uma consequência do impacto da pandemia COVID-19, uma vez que tanto os cibercriminosos como muitas das vítimas tiveram que alterar os planos que tinham para o Verão».
«Este ano e por esta altura, mais pessoas do que é habitual estão a depender de recursos online, tanto para actividades pessoais como profissionais, fazendo com que este Verão seja um período agitado para os negócios online e para a área da segurança de informação. Em consequência, assistimos a uma actividade sem precedentes no mercado do DDoS durante este período, sendo que não existem motivos para prever um decréscimo deste tipo de ciberataques nos próximos tempos», explica Alexey Kiselev, business development manager da equipa Kaspersky DDoS Protection.
Esta tendência reflecte-se também no número de comandos recebidos por bots de servidores C&C (command-and-control), que foram interceptados e analisados pelo sistema Kaspersky DDoS Intelligence: o número médio de ataques registados diariamente no segundo trimestre de 2020 cresceu 30% em comparação com o primeiro trimestre deste mesmo ano. Além disso, o número máximo de ataques registado num só dia foi de 300, no dia 9 de Abril, enquanto o recorde de ataques no primeiro trimestre se manteve nos 242.
Os três países mais atacados são os mesmos do primeiro trimestre com a China (65,12%) a liderar, seguida pelos Estados Unidos (20,28%) e por África do Sul (1,67%).