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Aplicações financeiras avançam para a nuvem

Aplicações cloud

Uma pesquisa da Gartner revela que, até 2020, 36% das empresas irão usar a nuvem para fornecer suporte a mais de metade dos seus sistemas de registo transacionais.

Ao que tudo indica, uma grande mudança está a acontecer no modo como as organizações seleccionam as suas aplicações de gestão financeira, com a migração dessas aplicações para a nuvem a ocorrer mais rápido do que o esperado.

Segundo uma pesquisa da Gartner entre executivos seniores de finanças, até 2020, 36% das empresas deverão usar a nuvem para fornecer suporte a mais de metade dos seus sistemas de registo transaccionais

Algumas das conclusões deste estudo evidenciam que as organizações, independentemente da sua dimensão, estão a migrar soluções para a nuvem, como aplicações financeiras centrais, para sistemas de registo transaccionais. Outro dado é que a adopção da cloud é consistentemente maior para aplicações de negócios financeiros ano após ano.

Diz ainda a Gartner que a analítica de negócios e aplicações corporativas continuam a ser prioridade de investimento para executivos seniores de finanças.

Segundo a pesquisa, as organizações de pequeno e médio porte estão a adoptar a nuvem mais rapidamente do que empresas maiores, com 44,6% das companhias pequenas, 37,7% das de tamanho médio e 40,4% das grandes a planearem migrar para cloud durante os próximos três anos.

Outra “descoberta” feita pela Gartner é a de que os mercados de gestão de capital humano e procure-to-pay (da compra ao pagamento) já têm migrado as suas aplicações corporativas para a nuvem, enquanto escritórios da área de finanças têm sido mais lentos em relação a esse movimento.

A Gartner destaca que as soluções na nuvem ainda estão a desenvolver-se e não possuem capacidade uniforme para atender às necessidades de todas as indústrias, tamanhos de empresas e mercados locais, e os clientes deverão ser cuidadosos ao avaliarem opções em cloud.

 

Despesas de TI atingem os 3,5 biliões de dólares

A consultora admite que, este ano, as despesas mundiais com TI deverão atingir os 3,5 biliões de dólares em 2017, um aumento de 2,4% em relação a 2016.

«O negócio digital está a ter um efeito profundo na forma como os negócios são feitos e como são suportados», disse em comunicado internacional John-David Lovelock, vice-presidente e analista emérito da Gartner. «O impacto do digital está a dar origem a novas categorias, como a convergência de ‘software mais serviços mais propriedade intelectual’.

Essas ofertas da próxima geração são alimentadas por plataformas de negócios e tecnologia que serão o motor para novas categorias de gastos. As tecnologias disruptivas específicas da indústria incluem a Internet das Coisas (IoT) em manufactura, blockchain em serviços financeiros (e outros sectores) e máquinas inteligentes no retalho. O foco é sobre como a tecnologia está a mudar e capacitar os negócios».

Dizia a Gartner nas suas projeções que o mercado mundial de software empresarial deverá crescer 7,6% em 2017, ante um crescimento de 5,3% em 2016. E explicavam que como as aplicações de software permitem que mais organizações obtenham receitas de canais de negócios digitais, haverá uma necessidade maior de automatizar e lançar novas aplicações e funcionalidades.